CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

"Spleen" e charutos - Luar de verão

O que vês, trovador? — Eu vejo a lua
Que sem lavar a face ali passeia...
No azul do firmamento inda é mais pálida
Que em cinzas do fogão uma candeia.

O que vês, trovador? — No esguio tronco
Vejo erguer-se o chinó de uma nogueira...
Além se entorna a luz sobre um rochedo,
Tão liso como um pau de cabeleira.

Nas praias lisas a maré enchente
S'espraia cintilante d'ardentia...
Em vez de aromas as douradas ondas
Respiram efluviosa maresia!

O que vês, trovador? — No céu formoso
Ao sopro dos favônios feiticeiros
Eu vejo — e treino de paixão ao vê-las -
As nuvens a dormir, como carneiros.

E vejo além, na sombra do horizonte,
Como viúva moça envolta em luto,
Brilhando em nuvem negra estrela viva
Como na treva a ponta de um charuto.

Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso... e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.

Submited by

terça-feira, abril 14, 2009 - 00:02

Poesia Consagrada :

No votes yet

AlvaresdeAzevedo

imagem de AlvaresdeAzevedo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 14 anos 19 semanas
Membro desde: 04/13/2009
Conteúdos:
Pontos: 303

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of AlvaresdeAzevedo

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Fotos/ - Alvares de Azevedo 0 1.950 11/23/2010 - 23:37 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo IV — Gennaro) 0 2.075 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo V — Claudius Hermann) 0 2.547 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo VI — Johann) 0 1.921 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo VII — Último Beijo de Amor) 0 1.509 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Macário - Introdução 0 1.447 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Macário - Primeiro episódio 0 1.221 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Macário - Segundo episódio 0 1.274 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Sombra de D. Juan 0 1.314 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Na várzea 0 1.245 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral O editor 0 1.436 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Oh! Não maldigam! 0 1.733 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Dinheiro 0 1.427 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Adeus, meus sonhos! 0 1.448 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Minha desgraça 0 1.532 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Página rota 0 1.264 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo I — Uma noite do século) 0 1.553 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo II — Solfieri) 0 2.005 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Conto Noite na Taverna (Capítulo III — Bertram) 0 3.097 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Panteísmo 0 1.134 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Desânimo 0 1.216 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral O lenço dela 0 1.280 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Relógios e beijos 0 1.474 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Namoro a cavalo 0 1.666 11/19/2010 - 15:52 Português
Poesia Consagrada/Geral Pálida imagem 0 1.320 11/19/2010 - 15:52 Português