CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Uma mão cheia de história
Trago, dentro de uma mão, a cheia e na outra vaza, um coração
Paisagem que creio ser feito dos areais granulosos dos extremos
E única a razão dos meus desassossegos extensos.
E os vidros simbióticos das janelas dos comboios, só uma ida,
Se me dizem que “o amanhã não existe” é só o mar em roda, …
O mar em roda dos carris e o que me abraça a visão
Do país do verde solvente e do cais da bruma cega,
Tão abstractos e secretos como a textura dos meus versos.
Ninguém perguntou se-me-quero-dono desses segredos nus,
Sejam-o-que-forem, é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
(Dizem-me das Tágides e dos nómadas veleiros cavalgando céus)
O silêncio fabrico-o eu e minto-o e invejo-o e invento-o,
Porquanto não o avisto, na vasta paisagem, a erguer nos braços
O poente que na noite preta, já se pensou navegar
Dou por mim no wagon-lit, mão vazia, sem posse nem pensar.
A pior névoa provém do pensamento, neve branca
Esquecida em pó de cal, assim é o meu país indeciso
Entre o sol e o sal, anónimo como a multidão sem alma,
Traz numa mão a história na outra a falsa e triste esperança.
Jorge Santos (01/2011)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 636 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Aforismo | apócrifo | 10 | 3.455 | 03/23/2018 - 11:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | xtrangeiro | 11 | 2.968 | 03/23/2018 - 10:50 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | as vezes | 10 | 3.808 | 03/23/2018 - 10:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Avesso d'alma | 10 | 1.948 | 03/23/2018 - 10:46 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | verd'escamas | 10 | 1.418 | 03/23/2018 - 10:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Dois amantes | 10 | 2.581 | 03/23/2018 - 10:42 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Minto e'plagio | 10 | 2.651 | 03/23/2018 - 10:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Tristeza | tristeza | 10 | 2.341 | 03/23/2018 - 10:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | prego | 10 | 2.675 | 03/23/2018 - 10:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | espanca | 10 | 2.312 | 03/23/2018 - 10:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | vozes | 10 | 2.335 | 03/23/2018 - 10:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | greve | 10 | 2.877 | 03/23/2018 - 10:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | greve | 10 | 2.765 | 03/23/2018 - 10:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | "Tarou" | 10 | 3.798 | 03/23/2018 - 10:17 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Florbela | 10 | 2.379 | 03/23/2018 - 10:15 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Casa branca, | 10 | 430 | 03/23/2018 - 10:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cosmologia megalítica em Las Hurdes | 10 | 709 | 03/23/2018 - 10:11 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Oración | 10 | 441 | 03/23/2018 - 10:09 | Português | |
Poesia/Geral | O ser que ser não sei | 10 | 1.118 | 03/23/2018 - 10:07 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Phyllis Feitiçeira … | 10 | 873 | 03/23/2018 - 10:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Dejá vu | 10 | 1.316 | 03/23/2018 - 10:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | "Palavras meias" | 10 | 2.315 | 03/23/2018 - 10:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | 11 Minutos | 10 | 851 | 03/23/2018 - 09:58 | Português | |
Poesia/Geral | Iemanjá Rainha | 10 | 1.214 | 03/23/2018 - 09:55 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lisboa Tejo, Cidade Beijo… | 10 | 317 | 03/23/2018 - 09:52 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa
é ao inaudível cheiro da
é ao inaudível cheiro da terra que pertenço,
Batendo, batendo dedentro dum inexacto e disléxico Malhoa