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O ser que ser não sei

"O ser que sei não sou"

Tanto e tanto do que sei,
Sei-o - nem como nem sei -
Do ser que sou e prevejo,
D’um vulgo e curto bocejo,
No ser fiel de mim mesmo,
Não no eu e que escrevo,
Se de meu não suporto,
Certo enigma do desejo.

Tanto e tanto do que sei,
Sonha com o pior vento,
E causa de tudo q’temo,
Ser narrado, a propósito,
Do’eu ter fome no infinito,
Seja vencedor, ou vencido
Nos planos da derrota.

Tanto e tanto do que sei,
Foi ser, do medo, carcereiro,
Quando m’sonhei infanto,
Encarnando o ponto q’traço,
Mas, sendo curto, o braço,
E o seixo, pesado, nã’não sei
Se vida, é ilusão ou, se sonhei
Eu, mais uma vez, acordado.

Jorge Santos
(2009/10)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Jorge Santos

Submited by

domingo, dezembro 27, 2009 - 18:51

Poesia :

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Joel

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Comentários

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imagem de MarneDulinski

Re: O ser que ser não sei

LINDO POEMA, GOSTEI!

DESEJOS MEUS, DE UM FELIZ 2010!
Marne

imagem de Joel

Um abraço,

Um abraço,

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: O ser que ser não sei

Parabéns pelo lindo poema.

Gostei tremendamente.

Um abraço,
REF

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Um abraço,

Um abraço,

imagem de jopeman

Re: O ser que ser não sei

o ser que sonha ou acorda em sonho de uma vida que não sabe...e talvez não queira

gostei bastante

abraço

imagem de Joel

Um abraço,

Um abraço,

imagem de Manuelaabreu

Re: O ser que ser não sei

Há momentos confusos na vida...e por vezes há certos acontecimentos que parecem ser sonhos enquanto não nos habituamos a certas mudanças. :-)

imagem de Joel

Um abraço,

Um abraço,

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