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Acuso-te, o sujeito indefinido em género e número!

Não há,em ti,
nada d´original
és a cópia que tudo copia
infeliz rato d´enciclopédia
almejas ser anjo
e és
caído
pardo, leque,
abre,fecha,fecha,abre
tons de cinza
qual é a tua cor?
imitas a cidade
os anjos e os acidentes?
toma cuidado com a tua bicicleta!
a roda...
a roda...
a invenção das invenções
sempre foste guiado
conduzido
será que estás disposto
a aprender?
sabes pedalar?
pedal
ar
a roda...
a roda...
toma cuidado com ela
a invenção
pode salvar-te
sê original
inventa
a cópia
a perfeita
o fogo
nasceu da pedra
invenção rotativa
roda,roda,roda viva,
o copia cópias
não vive
é falsário
da corrente e dos pés
ilude as mãos
sem travões

a queda?
quem vive na cave
pode baixar-se mais?

Submited by

sexta-feira, setembro 2, 2011 - 07:12

Poesia :

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raquel castelo brum

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Comentários

imagem de MariaButterfly

adorei a forma como passa-te

adorei a forma como passa-te de uma palavra 

para a outra, até chegar ao mais baixo

na cave...

a queda?
quem vive na cave
pode baixar-se mais?

parece haver um nonsense pelas palavras rimarem quase pelo poema todo

mas aqui neste poema não é o que se passa,

há um sentido em toda uma lógica.

 

gostei muito,

beijos

imagem de LSantos

uma feliz descoberta

"a queda?
quem vive na cave
pode baixar-se mais?"

 

Raquel

um poema forte poderoso ritmado cuja leitura nos absorve. profundamente crítico e actual.

para mim, a tua leitura, uma feliz descoberta

Parabens

Luciano

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