CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
APÓGRAFO DA ROSA-DOS-VENTOS
O tempo é uma mão teimosa que empurra.
Mão de gelo que se derrete nos olhos
como Antárctida gasta pela civilização.
Mão que indaga o corpo.
Mão de ar sôfrego que dispõe vincos na pele
qual vento desenhe a imperfeição pela face do deserto.
O tempo são olhos que olham sequiosos do escuro.
Gato preto no meio de um monte carvão
como gota de chuva amontoada no mar à tempestade.
Olhos famintos de olhar.
Dois pontos escuros no escuro onde vagueia a alma
qual agulha abstrusa num palheiro espera ser encontrada.
O tempo é voz de luas
repetindo todas as noites o mesmo timbre.
Todas as noites o mesmo sono bocejando mil insónias.
O tempo é instante repleto de instantes.
Voz de pensar que ensina o passo qual tabuada
totalize os momentos da vida num flash de trovão.
Palavra que arde em fogo.
Túnel de calores sem leme cujo vapor coze
a argila do destino que mutila o infinito segundo a segundo.
Dizer que diz as limalhas do tempo
como se a sabedoria fosse uma ampulheta cuja areia subisse.
O tempo é Primavera que semeia o silêncio nas veias do ser.
Apógrafo da rosa-dos-ventos… Aguilhão que escreve o acontecer.
Silhueta na ardósia qual rio que ri
de si próprio abstracto por entre as margens
como sinas caídas em efeito dominó. Corrente sem foro, sem foz.
O tempo é uma mão que aconselha.
Canção que depois de acabar o pensamento cantarola.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 504 leituras
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.703 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
![]() |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 53.144 | 06/11/2019 - 08:39 | Português |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 9.453 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 11.099 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 9.802 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 10.411 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 9.318 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 9.937 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 8.285 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 8.047 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 7.795 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 9.629 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 7.297 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 7.917 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 7.837 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 6.326 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 9.432 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 8.031 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 8.776 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 8.438 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 7.476 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 7.305 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 6.165 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 9.637 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 9.351 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Add comment