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Cômodo dos afugentados

Todas as folhas permanecerão em branco
Até o amarelo do tempo disser que tu deves mudar.
Enganar-te-ão com falsas primaveras de lima,
A não ser que sejas excentricamente puro
A matar o ingênuo de ferida à espada,
Doce açucarado melado para abelhas

Pêras estalam nos dentes da boca
Ainda frescas comidas devoradas ao pé da pereira
Com humor apagado de candelabro

Espere! Lá vem
Acho que vem
De degrau em degrau
De corrimões em corrimões...

Não se vá!
Já nos fomos
Já que sabemos
Que
Esperança que não aparece
Face que não existe
Cigarro que acaba
Céus que dizem adeus
Vida que se despe, se desliga, se finda...
Adormece amolece
Idas, daqueles que têm vontade de voltar
Não voltam
Esquecem-se em cômodo apagado
Por mim e por todos
Por si
Por e nada por

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segunda-feira, abril 9, 2012 - 14:37

Poesia :

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Alcantra

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Comentários

imagem de Jorge Humberto

Minha querida, Alcantra,

Minha querida, Alcantra,

muito lindo teu poema, deleite para olhos cansados (os meus).
Li e reli tal o encanto de teus versos.

Beijinhos mil
Jorge Humberto

imagem de MariaButterfly

poema lindo: "Todas as folhas

poema lindo:

"Todas as folhas permanecerão em branco
Até o amarelo do tempo disser que tu deves mudar.
Enganar-te-ão com falsas primaveras de lima,
A não ser que sejas excentricamente puro
A matar o ingênuo de ferida à espada,
Doce açucarado melado para abelhas"

adorei o poema,
Beijo

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