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Caminhar pela vida, correr do cigarro (Parte 4/4): Ensaio - O Tabaco e as Corridas

O Tabaco e as Corridas: Parte IV (Final)

Viver é muito mais do que existir, uma pedra existe e está inanimada, uma pessoa vive e se sente viva se rompe com a pulsão de morte – quando se entrega para hábitos e comportamentos nocivos como o cigarro – e assume a sua pulsão de vida – adquirindo, exercitando, consolidando atitudes saudáveis e o modo de se ver no mundo.

Vivendo a aprendendo a jogar, nem sempre ganhando nem sempre perdendo mais aprendendo a jogar, esta bela passagem da música do inesquecível Gonzaguinha, imortalizada na voz de Ellis Regina, tem muito a nos dizer, neste tema no qual estamos debatendo.

Poderíamos também interpretar desta maneira:
Vivendo a aprendendo a caminhar, nem sempre ganhando nem sempre perdendo mais aprendendo a caminhar e, pelas nossas próprias pernas, coração e mente.

Certamente, no caso dos fumantes, redescobrirem a vida com os prazeres que se descortinam após a partida do cigarro, é um desafio que podem, precisam e devem fazer.

Cada vida é singular e tem um valor inestimável, muitas vezes não percebido ou avaliado pelo próprio fumante, mas decerto apreciado e quantificado por todos aqueles que o cercam e estimam.

Se eu pudesse encerrar esta estória com uma frase que pudesse modificar o curso da história da dependência ao cigarro diria para cada vítima do tabaco:


Trague o ar que lhe é generosamente oferecido
Deixe o cigarro sair de sua vida,
liberte suas mãos do seu jugo

Se permita o encontro, aconchego e abraço
Mantenha os dedos ocupados em gestos de carinho
Que a felicidade irá bater em sua porta, em sua mente.

Caminhe livre, leve, solto
Com o compromisso libertário dos andarilhos
Ao ritmo das batidas de um humano coração
Corra sim, em busca do prazer, harmonia e alegria

Que você decididamente não encontra no cigarro,
Era tudo mentira aquela rica e pomposa propaganda
Agora que você sabe e está cada vez mais consciente da verdade
Venha para o mundo do Bem Estar (não aquele do Marlboro)

Que está ao seu alcance,
Basta somente que tente
Comente, corra, diga para você mesmo,
Que o valor de sua vida é que não tem preço.

Inicie a sua caminhada, a estrada está a sua espera, se for preciso aumente as passadas até que corra cada vez mais do cigarro e ele somente represente as cinzas de um passado que não lhe basta mais.

AjAraújo, o poeta e médico humanista, texto escrito sobre a importância das corridas para ajudar o fumante a deixar o cigarro, em agosto de 2007.

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domingo, setembro 4, 2011 - 16:27
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