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CIÚME DOS TEMPORAIS

Sempre voltam as tempestades
Ausência que não reclamamos
E entre o que não desejamos
Voltam nossas dificuldades
Familiares e amizades
Nossos maiores capitais
Vão e não voltam nunca mais
Pra matarem nossas saudades

A natureza, entrementes
Desde o começo, embrutecida
Demonstra seu desprezo à vida
Dos humanos pobres viventes
E entre as provas evidentes
Da sua insensibilidade
Está a de não matar saudade
Mas matar com suas enchentes

É a vida de nós desiguais
Dias bons e dias ruins
São os desertos e os jardins
As nossas paisagens reais
E um dia para nunca mais
A vida pra sempre nos solta
Consciente que nunca mais volta
Com ciúme dos temporais.

Sérgio da Silva Teixeira
Bagé/RS.

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terça-feira, outubro 9, 2018 - 17:41

Poesia :

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Sérgio Teixeira

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Comentários

imagem de MaynardoAlves

Ciúme dos temporais

Parabéns por mais um texto admirável! Admiro-os todos.
E feliz aniversário! Muitas felicidades.

imagem de J. Thamiel

Comment

É como se este poeta
que vive na liberdade
das coisas simples, reais,
falasse com intimidade,
com voz de alma inquieta,
com ventos e temporais.

imagem de Sérgio Teixeira

Pode até ser que pareça Que

Pode até ser que pareça
Que os meus versos normais
Fale aos ventos, temporais
E esse sonho aconteça
Pois sonhar é o meu papel
E agradeço a poesia
Ter a tua companhia
Amigo J Thamiel

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