CONFISSÃO

Estes teus olhos de pôr-do-sol sobre o mar,
Em fim de tarde de verão.
Entraram no meu peito adentro,
Chegando ao meu coração.
Causando um bem estar tão profundo;
Que te juro nada no mundo;
Fez-me sentir igual emoção.

Vi anjos batendo asas,
Ouvi uma orquestra tocando.
Fechei os olhos e senti,
O meu coração pulsando.
De uma forma tão intensa...
Que ali na tua presença...
Quase acabei chorando.

Era como se a noite virasse dia...
A lua virasse sol.
As estrelas no firmamento...
No canto de um rouxinol.
Cantassem uma alegre canção,
Pra fazer meu coração...
Peixe preso num anzol.

Tentei esconder o rosto,
E pros teus olhos não olhar.
Mas é possível um peixe não querer,
Nadar nas águas do mar?
Assim, ainda que eu quisesse,
Teus olhos em mim viraram preces...
Como uma canção de ninar.

E como quem perde o ritmo
Ali perdi o rebolado.
O meu desejo era gritar,
Que estava apaixonado.
Sentindo o coração;
Vibrar como um violão...
Por dedos hábeis tocado.

Foi ai que compreendi perfeitamente...
O que ouvi o sábio falar.
Que os olhos são os espelhos da alma,
Que o amor nasce de um olhar.
Pois dentro do meu coração,
Nasceu essa intensa paixão...
Quando olhei dentro desses teus olhos
De pôr-do-sol sobre o mar,