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Devia...

Devia permitir-me o impedir-me,
Não me dar o que me ofereço sem que mo peça.
Ser um nada, vezes dois
E depois,
Ser o maior nada que se meça.

Devia não querer nada comigo,
Virar o rosto sempre que me vejo,
E não ter o menor pejo em não me ver…
Mas como poderia depois eu me ser?

Devia questionar-me o que não faço
Como se o tivesse feito.
Mas este nada que faço é um nada tão perfeito!…

Devia mudar algo, eu sei.
Devia corrigir o que sou…
Mas para quê ser aquele que mudou,
Se eu não sou ninguém?

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domingo, abril 29, 2012 - 21:54
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Rui Costa

imagem de Rui Costa
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Título: Membro
Última vez online: há 6 anos 26 semanas
Membro desde: 01/13/2012
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Comentários

imagem de GIL60

Todos gostaríamos de mudar-nos,

Todos gostaríamos de mudar-nos, amigo Rui.

Gostei do poema.

Abraço!

imagem de Rui Costa

nem sempre vale a pena mudar,

nem sempre vale a pena mudar, caro Gil.

obrigado, um abraço.

imagem de deborabenvenuti

Devia

Não fazer nada de forma tão perfeita como se o tivesse feito...
Gostei
Beijo

imagem de Rui Costa

:) obrigado Debora beijo

:)
obrigado Debora

beijo

imagem de Henricabilio

confronto

No confronto dos contraditórios,
o reconhecimento da imensa pequenez do ser humano,
para daí poder partir à conquista dos muitos horizontes
que lhe restam.

Mais um belo poema!

Saudações!

Abilio

imagem de Rui Costa

gosto das contradições, dos

gosto das contradições, dos opostos.
obrigado pela "análise". Bem conseguida :)

Abraço!

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