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... E SOLTA-SE O SONETO
… e solta-se um soneto alvoroçado
Da estranha compulsão do gesto breve
Que cresce de um anseio exacerbado
Nos insensatos dedos de quem escreve
Traduz um sonho só, deixa de lado
O jugo do silêncio em que prescreve
E ao ver-se desse jugo libertado
Diz, por vezes, bem mais do que o que deve
Tem pouco espaço pr`a dizer-se inteiro
Mas, habilmente, custe o que custar,
Num nada se constrói teimosamente…
Pode ser temerário, aventureiro,
Ou simples, incorpóreo, eco lunar...
Mas jamais coisa feita inutilmente!
Maria João Brito de Sousa – 31.05.2012 -16.51h
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Comentários
Ao esforço de o criar dentro
Ao esforço de o criar dentro da forma,
a glória de o concluir com chave de ouro
- e ficar satisfeito com o resultado.
Ficou ótimo!
Envio um abraç0o!
_Abilio
Obrigada!
Muito grata, Henricabilio! Tenho andado numa daquelas fases menos criativas. Há momentos em que chego a pensar que não consigo escrever mais nada... eu sei que não faz muito sentido, mas não consigo evitar pensar nisso... depois vem um sonetozinho qualquer mostrar-me que ainda sei escrevê-los e... fico contente, claro!
Mas feliz, feliz mesmo a sério, fico naquelas poucas fases em que escrevo imensa poesia de todos os tipos. São as "fases produtivas" que eu nunca sei quando nem porque surgem, mas me fazem sentir que ainda mereço o ar que respiro :))
Um abraço!
Sonetistas
De fato, há de valer alguma coisa ao menos o tempo que dedicamos a ele...
;)
É mais do que isso, Adolfo... mesmo que não chegassem a ser lidos por mais ninguém, já teria sido um pouco mais do que apenas o tempo investido.
Abraço!
Parabens!
Se não pode o trabalho do poeta valer muito, dou-lhe o que tenho:
Parabens por versos tão lindos!
Ate mais!