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ESSE LOUCO GALOPE DO CORCEL DAS PALAVRAS
Prenúncio da vontade em gesto vago,
Vai-me descendo a mão sobre o papel
E sinto que me invade o tal corcel
Da singular magia desse afago!
Dele me nasce a palavra; o resto, trago
Dentro de mim, gravado com cinzel,
Por baixo desta minha humana pele
Onde o tempo, ao passar, fez algum estrago…
Mas que me importa a mim que o tempo passe
Se dele surge a palavra, irrompe a frase
Que justifica o esforço da corrida?
Não fosse esse o corcel que eu cavalgasse
E – quem sabe? - o poema me ignorasse
E eu perdesse o sentido à própria vida…
Maria João Brito de Sousa – 23.02.2012 – 18.47h
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Comentários
vejamos então...
Vejamos o meu ponto de vista, sem ser especialista de coisa alguma - tentava apenas ajudar.
verso 5:
De-1, le-2, me-3, nas-4, cea-5, pa-6, la-7, vrao-8, res-9, to-10 tra-11(go)
verso 8:
On-1,deo-2, tem-3, poao-4, pa-5, ssar-6 fez-7, al-8, gum-9 es-10, tra-11(go)
verso 10:
Se-1, de-2, le-3 sur-4, gea-5 pa-6, la-7, vrai-8, rrom-9, pea-10 fra-11(se)
Envio um abraç0o!
Abilio
Do meu ponto de vista :)
O del(e) é considerado por muitos sonetistas como uma única sílaba métrica. Se fizer a leitura em voz alta, silabando, verá que o pronuncia assim. Só assim, também, a sílaba tónica cairá sobre a sexta sílaba métrica. E está justificado, segundo o meu ponto de vista, o primeiro verso.
No que toca ao segundo verso assinalado, quase no final, al-8 gumes. O som nasalado liga-se - mais uma vez na oralidade que é e será sempre absolutamente indissociável da poesia rimada - ao "es". Ler-se-á "algunstrago".
No terceiro repete-se a situação do primeiro que assinalou.
O que acaba de fazer aqui, deu-lhe muito trabalho e agradeço-lho muito sinceramente. Rebato apenas porque,ao longo dos bastante mais de mil sonetos que publiquei online, embora tendo efectivamente alguns pequeníssimos erros que só venho a descobrir com algum distanciamento temporário, uso sempre a oralidade para proceder à revisão que nem sempre é uma tarefa fácil para quem, como eu, escreve apenas o que está a sentir na pele. Poderia emendar e fá-lo-ia, acredite, se "sentisse" que este soneto estava metricamente incorrecto. Não o "sinto".
Vou-lhe fazer um pedido de amizade porque o mereceu com todo o tempo e cuidado que dedicou a este meu soneto. Acredite que é sincero.
Um abraço e uma boa Páscoa!
Maria João
(: Do ponto de vista meu
Além de não querer ser o especialista sem querer me intrometer mas fazendo-o assim mesmom, =D eu "dou razão" ao poeta Abilio. Primeiro porque agora eu estou muito a fim de conhecer tais poetas amantes do "som pequeno" que mantêm o rigor a forma, pela minha leitura, a ponto de suprimir o fonema /i/ e assim se aproximar do "del" italiano.
E por que não logo escrever "algunstrago" em vez de "algum estrago"? Da licensa poética, se alguém não reconhecer a contração, não é este o propósito?... Ou talvez seja simples caso de diferentes dicções, quando, de fato, a oralidade nunca se desassociará da poesia rimada (e muito menos dos sonetos =D ): eu, feito o primeiro, presumo eu, pronuncio as cinco sílabas bonitinhas da forma que a puseste no teu poema. E por assim as pronunciar, digamos, faço das palavras do caro poeta as minhas:
"precisam aqui de uma ligeira afinação
para merecem nota máxima"
sem desmerecer, de forma alguma, as minhas próprias:
Eu gostei muito deste teu poema. Sinta-se bem vinda, aqui no W.A.F.!
Muito obrigada! :)
Obrigada, Adolfo mas, no decassílabo heróico, já trabalhei o suficiente para saber quando está, ou não, metricamente correcto. Mantenho-o tal como está.
Na oralidade, o som final de "dele" não se li "i", a não ser no Português do Brasil. No de Portugal é mudo - mudíssimo - e, se é verdade que teria de o considerar uma sílaba fonética, se estivesse de volta aos bancos da escola primária, não o aceito, nesta posição, enquanto sílaba métrica.
"Algunstrago" não é uma palavra dicionarizada e eu parto do princípio que o leitor do soneto conhece minimamnete a força da oralidade na poesia clássica. Prefiro explicá-lo conforme posso.
Tenho pena de não ter som neste computador... fazendo uma leitura correcta do soneto, nenhum erro se pode encontrar, do ponto de vista formal... lê-lo-ia com todo o gosto e ficaríamos todos muito mais elucidados...
Amigo, a hipotética "afinação", neste caso, destruiria completamente o soneto, acredite.
Obrigada, também, pelas boas-vindas! :)
Abraço grande!
Maria João
hmmm... Então é isto. Não era
hmmm...
Então é isto. Não era de meu conhecimento os lusitanos não pronunciar este "i". Nem que as nossas formas de falar fossem assim tão diferentes... Falando a verdade há muito que não converso pessoalmente com um português. Agora está desfeita toda a confusão, pelo menos da minha parte que não sou português ;)... Não é mais preciso nem descutir o restante diante das explicações. Quase constrangido (riso).
Boa noite.
Um abraço e até mais!
Adolfo
Distanciamento TEMPORAL
Este foi erro mesmo... distanciamento TEMPORAL e não temporário...
O TEMPO E A PALAVRA
O tempo escapa-nos para fazer-nos apurar
o engenho à palavra
- e a palavra é o corpo e a alma da poesia.
Vejo que trabalha o soneto clássico, em especial os versos heróicos
que no entanto precisam aqui de uma ligeira afinação
para merecem nota máxima(versos 5, 8, 10 que possuem 11 sílabas).
É contudo, um trabalho muito positivo.
Paz_coa Feliz!
_Abilio
Muito grata! :)
Muito obrigada, Enricabilio!
Não querendo sobrepor a minha opinião à de nenhum especialista, peço-lhe que reveja os versos que assinalou, procedendo às devidas crases. Os versos assinalados têm as dez sílabas métricas.
Enorme abraço e creia que seria a primeira a agradecer-lhe se acontecesse - e pode acontecer - terem realmente as onze sílabas métricas. Neste caso, estão correctos.
Parabéns!!!
Lindo! Quem me dera escrever assim!
Muito obrigada! :)
Obrigada, Jokalink.
Boa Páscoa e um abraço!