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Leningrado (Ossip Mandelstam)
Regressei a minha cidade, conhecida até às lágrimas,
Até as veias, as inflamadas glândulas das crianças.
Tu regressaste para cá, então bebe de um gole
O óleo de peixe dos faróis fluviais de Leningrado.
Descubra logo o pequeno dia de dezembro,
Onde a gema mistura-se ao funesto breu.
Petersburgo! Eu ainda não quero morrer:
Tu ainda tens de meus telefones os números.
Petersburgo! Ainda tenho os endereços,
Pelos quais acharei as vozes dos mortos.
Vivo na escada de fora, e na têmpora
Me golpeia a campainha brutalmente sacada.
E por toda noite aguardo visitas queridas,
Chacoalhando as correntes das portas.
Ossip Mandelstam, poeta russo. Poema traduzido por Francisco Araújo.
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