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A Morte No Artista

A configuração de um relâmpago, em ruptura
É nada mais que uma necessidade mecânica
De ligar a terra ao firmamento, rapidamente
Numa mínima fracção da coerência dinâmica
O tempo sofre uma explosão, trovão, tortura

E penso no seu brilho:

“Mesmo que me ignorem todos os defeitos
Ainda assim não estarei próximo de perfeito...”

E no maior irregularidade…

Perco anos embrenhado na sofisma, rochedo
Que tento talhar apenas com os dedos nus
Sem noção de que o céu, tão obviamente
Está vedado ao escultor dos poemas crus
Pois se escrevo é só por cisma, só por medo

De um dia encontrar:

“Aqui jaz uma Mente Obscura…
Que cegou e morreu, em busca de uma luz
Para dar mais brilho à sua Obscura Mente…”

Pois minhas palavras não cortam como clarão
Minhas ideias não iluminam olhos alheios
E o rochedo, será sempre a consciência, ou não
Que me pesa e me sufoca… mas, no fim…

Me dá razão!

Submited by

sexta-feira, janeiro 29, 2010 - 01:32

Poesia :

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Obscuramente

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Comentários

imagem de GilBerthoLopes

Re: A Morte No Artista

"Pois minhas palavras não cortam como clarão
Minhas ideias não iluminam olhos alheios"

Tens consciência da força da tua palavra, André? Podem até não cortar, mas provocam sim um clarão na obscuridade humana. Não sei dos outros, mas meus olhos se iluminam com cada palavra sua, dita em forma de poesia.Um abraço

imagem de Obscuramente

Re: A Morte No Artista

Muito obrigado por todos os comentários.

Beijos e abraços...

imagem de Librisscriptaest

Re: A Morte No Artista

E quem quer ser perfeito?
Q interesse teria não ter nada para melhorar?
A perfeição é uma utopia triste... Gosto sempre de te ler, essa dualidade, trevas-luz, perfeição-imperfeição espelha bem essas duvidas, essas angustias q fazem parte do nosso crescimento forçado!
Beijinho em ti mente obscura, obscura mente!
Inês

imagem de jopeman

Re: A Morte No Artista

estrondoso poema, onde o artista se embrenha no engano de se ligar ao céu

favorito

abraço

imagem de Henrique

Re: A Morte No Artista

“Mesmo que me ignorem todos os defeitos
Ainda assim não estarei próximo de perfeito...”

“Aqui jaz uma Mente Obscura…
Que cegou e morreu, em busca de uma luz
Para dar mais brilho à sua Obscura Mente…”

A própria morte é uma arte!

Bom texto, forte, e mesmo que irregular é uma recta até o final perfeito que desconhecemos...

Abraço

imagem de IsabelPinto

Re: A Morte No Artista

Bom dia Obscuramente,

Como sempre os teus poemas primam pela intensidade que imprimes à dualidade luz/escuridão magistralmente bem conseguidos, intensamente profundo deixando a ideia de conflito entre o Obscura e o poeta que no final complementam-se são a mesma pessoa.

Gosto imenso de te ler:)

Galeria dos favoritos pois então!
Bjs
I

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: A Morte No Artista

Belo poema.

Meus parabéns.

Um grande abraço,
REF

imagem de MarneDulinski

Re: A Morte No Artista

BELEZA, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne

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