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Não apagues a memória.
No alto da escada relembra-me.
Nas manhãs da persiana aberta sobre um corpo.
Deitado. Amortecido na queda do sono.
Dá-me o beijo do despertar sereno.
Põe as mãos frias sobre o meu rosto.
Repete o gesto.
Procura-me nos lençóis de outrora.
Nas manchas delatoras.
Do ontem. Do hoje. Do sempre.
Das preces reditas entre dentes.
Das mãos coniventes exaustas.
Guarda os lençóis no baú do tempo.
Recorta a mancha.
Cola-a por cima do peito.
Amo-te
Fecha a porta.
Suspende o momento no eterno.
Aparece. Quando os fios de água entoarem no espaço dado.
Açoita a curva em que morres.
Aquece-a com a destreza anoréxica.
Abre a persiana de novo.
Deixa a luz que alumia os mortos
roçar no leito frio em que me buscas.
Sou ausente.
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Comentários
Re: Não apagues a memória.
ausência que nunca chega ao fim...
gostei imenso.
Re: Não apagues a memória.
Acaba quando a nossa começar... :)
Obrigado pelo comentário.
Re: Não apagues a memória.
E quando só restar o frio que jaz sobre o leito, abre-te o peito e grita: Oh Morte! Liberta-me de minha sorte...
Mas a memória nunca se apagará...
Adorei esta ausência
Beijinhos
Re: Não apagues a memória.
Talvez nunca se apague, mas fica mais ténue...
Obrigado pelo comentário. :)
Re: Não apagues a memória.
Bela poesia, é de se colocar por cima do peito!!! Bj
Re: Não apagues a memória.
O peso de a colocar sobre o peito pode ser demasiado avassalador. Talvez num bolso amigo das calças o possas guardar. :)