CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Noites com Caína
Naquela tarde tu usavas um belo corpo,
Lembrava das penas aos cabelos
E dos ventos que assopravam a noite com a lua
Alheio ao salve seja repartido espargido
Amei Caína jogado nas gramas e debaixo da chuva,
Amei Caína como um louco,
Naquelas noites fomos ébrios por toda a vida,
Apaixonados nos verões sagrados,
Sagazes, tal qual petulantes
No torcer nu dos dedos abarcados em dorsos
De mares gregos até os pântanos
Não me sai nunca da cabeça a febre que tive
Por deixar escapulir os beijos de Caína.
Naquela hora deus cuspiu-me o rosto
E esfolou-me por inteiro
Com sua rasteira bêbada
Na costura de franzinas canelas tristes
Gostava de quando me olhava longe do casto
Para que revólveres e ramalhetes de abdomens
Sugassem das blandícias
Simples arrepios da alma
Era uma vez o assim que matei-me
Por matar-meamar-me em Caína
Com Caína.
A sorte malvada silencia o canto de meus choros
Por isso sofro feio.
Caminhávamos num sono de sexta feira,
Passavam por nós os rostos “tantos” das calçadas
E das poças d’água
O mundo caiu
Os pássaros sussurraram seu nome em suas asas de ida
Por um tempo Caína escorreu pelas minhas mãos.
Eu me esqueci
E quando acordei no espaço debruçado no universo
As letras
Eram como se escritas à mão de tão tímidas e brincalhonas
De tão tímidas e brincalhonas.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2588 leituras
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | 2421 | 0 | 2.267 | 11/24/2010 - 00:48 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 2422 | 0 | 2.156 | 11/24/2010 - 00:48 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 2416 | 0 | 1.853 | 11/24/2010 - 00:48 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 2415 | 0 | 2.182 | 11/24/2010 - 00:39 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 1963 | 0 | 1.958 | 11/24/2010 - 00:38 | Português |
Ministério da Poesia/Geral | Cancro à pele | 0 | 1.809 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Tangência mútua | 0 | 2.646 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Equilíbrio | 0 | 1.134 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sociedade Morta | 0 | 1.867 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os moinhos do norte | 0 | 2.093 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Olhos apagados | 0 | 2.183 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lágrimas de asas | 0 | 1.432 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Arranhão do gozo | 0 | 2.389 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Notícia (Ode a Foz do Iguaçu) | 0 | 1.567 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Michelangelo | 0 | 1.613 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Estar sem estar | 0 | 1.390 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Esplêndido... esplêndido | 0 | 1.075 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | O ESTUPRO DO MUNDO | 0 | 2.824 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Arte artista ninguém | 0 | 1.482 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ressuscite para mim meia noite santa | 0 | 2.077 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Falésias debruçadas | 0 | 1.628 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Corda ao pescoço | 0 | 3.419 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ácida cidade | 0 | 1.651 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Legionário | 0 | 1.630 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A prata do mendigo | 0 | 2.930 | 11/19/2010 - 19:08 | Português |
Add comment