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Chão em chamas

Ao revés memórias deslocam-se e colidem-se
Contra a pedra lapidada da embriaguez em montmartre,
Valsam dons boêmios às costas uma fina ponta de lápis

Sim, pássaro libertário,
Envie-nos sua alma e seu carisma!

Como corsários desgraçados implorando um gole
Na fábrica oceânica da solidão e da ventura

É possível estar ao cimo para lançar uma visão
E balear o inferno

Somente poeiras assentam pesadas pernas por sobre os cabelos do tempo

(& tão delicado senti as filhas dos dias, o açoite tremulante)

Observaram de longe o estrondo da fuga
No rompimento do minério dos tijolos
E das fibras dos portais vestidos em troncos.
Era uma casa enfeitada de prisão

O medo da noite inspira...
Enxergarão a impossibilidade de safarem-se

Poderes sem iguais na força do movimento e da velocidade
Do barco acoplado a alguém
Voa asfaltos com lata negra

Ao centro um fixo olhar
Ao perímetro vidas embaçadas
Na percepção que fugira do centro do olho

Descrever pequenas falhas nas vidas
E continuar atento

Nunca além duma barba plantada no maxilar...
Um servo leão estica dedos
Que ajoelham ao vidro do copo.
Essências, gostos e cheiros
São engolidos engolfados goela abaixo

Alguns espreitam o diferente
Outros pintam o movimento e o bar
Na perspectiva imutável

Há aqueles que sonham e mentem para si mesmos
Uma mão é levada às pernas
Um roubo de arrepio acontece
Acomete
Somente pensamentos
E quereres sobrevoam até lutar com fumaças nos lábios dos cigarros

Um demônio é dado à luz
Com a vinda de diversas remixadas vozes

A cidade embriagada acolhe sem dó
E não cobra pela culpa nem por pecados

O líquido escapole do mar em álcool
Uma garganta enferruja,
Tal dureza adormece na dor

Senhoras sentam em vontades e saudades,
Pode ao menos querer e sonhar,
Mas nunca em vida enfeitiçar
Uma pena planeada pelas escadas da idade
E dos anos

Uma jóia dilapidada pela mão amoderna-se ao não
Que sofre a depressão do frio cimento,
Que sofre a tristeza da quente extinção
Do reluzente aço barato
Da eletricidade costurada por imaginações
E imaginações contorcidas
Da mesma maneira que uma bela dama reage ao receber uma suave língua

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:26

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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