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Oração
Pesam-me os olhos por debaixo das pálpebras
E dói-me o coração que não tenho
E maça-me pensar, cansa-me sentir. Estranho.
Luz oblíqua, sons silenciosos. Abras
As portas dos pensamentos dolorosos
E liberta os sentimentos amorfos.
A eterna carta
Como o coração que não tenho
Opaco, escuro, com todo o tamanho
De uma montanha, de um monte Olimpo.
Ó limpo, ó limpo!
É aquilo que não tenho.
Não compreendo porquê que as palavras saem assim
Alegremente tristes como eu sou.
Da minha gare, partem as naus para onde vou
Com a mesma trivialidade de mim.
Onde estou sou mais pequeno
Onde quero estar sou ínfimo
E o infinito é longe e tímido
Fernando Torga
E o horizonte é…é isto, aquilo…
Ah, a nau zarpou e as velas estão rasgadas
Á deriva, deambula o que sou.
Corre lenta a corrente das cascatas
Da nau que sou para onde vou.
Afogo-me, como um naufrago
Na leve ondulação que faço.
Respiro a água em que me engasgo.
Quanto mais luto mais respira.
Sim, sou eu mesmo que escrevo
Isto que penso, embora sem sentido.
Mas o que é que faz sentido?
A eterna carta
Estar vivo?
Fechem-me os olhos e os ouvidos
Porque a luz oblíqua e os sons silenciosos
Doem-me, como a um pintor cego ou Bettoven surdo.
A dor de não conhecer o seu mundo.
As óperas mudas e as telas vazias.
Que isto acabe naqueles dias…
Pesam-me os olhos,
Só quero ter o fim…
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Poesia :
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Comentários
Re: Oração
Um poema com arte, razão e sentimento!!!
:-)
Re: Oração
Uma capacidade muito grande de introspecção como se realmente falasse consigo próprio...
Mas é conveniente que o nosso lado de optimismo entre em diálogo aberto com o outro lado mais sombrio do pessimismo e da tristeza.
Alternando os estados, vamos aprendendo a sobreviver e sobretudo a viver melhor a nossa existência.
Adoro a forma estonteante como escreve, como se fosse um rio subterrâneo que aflora à superfície e perfura as margens da dor, fazendo amor com montanhas e vales...
Abraço
Ana Oliveira
Re: Oração
Estonteatemente profundo e cortante.
Sente-se cada deambulação desse pesar.
Muito bom archangel!