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Perda instantânea da razão (II)

Que eu seja menos vulto desta vida
Não se pode impingir a tal
O que quero é uma crença, e talvez, alma
E não estes ideais confusos.
Ponham termo a isto, abram-me os claustros
E chega de paródias nesta alma?!

Vossa senhora
Da impossibilidade de nada ter
Dos negros dias e da eterna hora
Das intenções por fazer
E da dor que eternamente iremos ter.
Se não é a diferença do infinito
O que é este soluço melodioso do destino
E da memoria de nós?

Surge, das profundezas do que sou
Um horizonte longínquo
Onde esta ânsia e o que dou
Cria vácuo
Onde todos os deuses descansam
Junto ao Deus das fés já perdidas.

Mutilado pelo cansaço,
Peço-te, companheira invisível,
Olha-me quando não te poder ver
E questiona-te, o que sou.

O que escrevo é recalcamento de não explodir,
E não gesticular fora do meu cadáver!
Então corro como a tempestade que cai em mim
E já não quero ficar aqui assim.

Que me vão buscar a casa com fins obscenos,
Só para não estar sempre aqui sentado e quieto.
Só para não estar simplesmente escrevendo estes versos!
Abstracto auge no fim de mim e de tudo!

Sem qualquer ideia que seja, era melhor não ser nado,
É tão aglutinante esta existência, esta vida,
Que dói e dá vontade de não fazer nada ou fugir das lógicas que somos
Talvez se fosse de acordo com o que penso!
Mas o que é que eu penso?

Quero chorar, mas as lágrimas secaram
Meus olhos, agora são desertos!
Quebrou-se a minha alma!
Sempre quero fugir
Mas sempre fico neste nada, nesta calma.
Oh, febre inabalável que é haver tempo,
Angustia que sinto por haver espaço.

A sinceridade contradiz-me constantemente
Sentimentos impossíveis de exprimir!
Acredita que é difícil mostrar o que sinto
Se só de te olhar mexe-te comigo, e não me conheço
Espero que a febre inabalável passe…
Embora tu não saibas, é-me doloroso o só de te olhar
Não saber dizer-te o que sinto
(que fiz eu a todos os Deuses)

Queriam-me assim, tangível da realidade?
Oposto a tudo o que não sou?
Vão para o inferno assim
Ou então vou só eu!!!
O tempo não passa, entre tanto quero ser só!

Estou preso a isto tudo, a este nada
Quero todo o universo ao mesmo tempo!
Ansiedade abismal de fome de carne
Que não sei o que é.

Acordei de um sonho distante.
Exércitos sonhados, completamente devastados
Sonhos enganados, só por serem sonhados!
Nada que eu sou, nada que serei, simplesmente nada!!!
Além disso, o catálogo dos sonhos impossíveis tenho-o comigo
Para uma avenida acessível ao meu pensamento
Sou fracasso!
Que serei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Sou o que penso? Penso em tanta coisa!
E todos pensam que são o que não sou!!!!

Não posso crer em mim
Existe tanto insanos malucos com tantas certezas!
O mundo é para conquistar por aqueles que nascem
E não por aqueles, que ainda com razão, sonham conquista-lo!
Porque é possível fazer realidade de tudo isso sem fazer nada disso

Ser são de não compreender nada
Ira de não esquecer o passado ardido no tempo
Com suas cinzas nesta alma quebrada,
Eterna solidão de ser
Isolado pensando em fugir
Isolado pensando nesta razão inexistente.
Agora quero escutar outra alma humana
Que me confesse infâmias
Que conte-me cobardias…
Transportando este espinho de consciência
De doença infindável, de doer… na eterna morte…. A vida!?
Branco ou tinto é o mesmo: para vomitar.

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terça-feira, agosto 19, 2008 - 15:33

Poesia :

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archangel

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Comentários

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Re: Perda instantânea da razão (II)

Um poema com arte, razão e sentimento!!!

:-)

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