PRANTOS DE SAUDADE - MINHAS

É como o choro de quem apanha,
Dia e noite o meu lamento.
A saudade em mim se rebela,
Igual folha voando ao vendo.
É tão penoso o meu padecer,
Distante de ti meu bem-querer...
Que me causa constrangimento.

A cama já não me cabe mais,
Do tanto que nela eu rolo.
Quando me sobrevém às lembranças,
Que tem o calor do teu colo.
Lastimante fica o meu estado,
Pois me sinto um ser abandonado...
E com mais nada me consolo.

As vezes caminho pelo quarto,
Na penumbra que é apenas solidão.
Paro diante do espelho do banheiro,
Sentindo disparar meu coração.
Porque nele vejo refletido,
O teu belo corpo quase desnudo...
Com o mais gostoso cheiro de bombom.

Aproximo-me por trás e beijo sua nuca...
Enquanto você se encolhe.
Passa sua mão macia na minha nuca...
E com carinho me acolhe.
Volta-se pra ficar de frente comigo e com desejo,
Um beijo e mais outro beijo...
Da minha boca recolhe.

Dali vamos nós dois pra cama,
Pra uma noite louca de amor.
Você me serve com seu carinho,
Queima-me com seu calor.
E a noite passa depressa,
Pois pra nós só interessa...
Prazer com muito sabor.

Mas de repente me vejo ali sozinho,
É apenas meu desejo de ti e minha imaginação.
A saudade continua como um peso,
Apertando o meu coração.
Prendendo-me como se fosse um laço,
Tirando de mim todos os espaços...
Pra minha total consumação.