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Re(talho)

Liquescem as fragrâncias em que se untam os sonhos
Fardos que se empilham na ilusória veras calejada
Um palato agridoce de vivido e por viver
Com o peso da ventura resguardada na condição humana
O osso da (en)carnação que se abafa neste (re)talho

A nesga de consciência desperdiçada pelo carniceiro
Putrefaz nas recônditas salgadeiras do seio
Onde o chiste do banquete se censura
E a banha se consome em penitência
Redundando em infortúnios dissabores

Quem és tu?
És o que vês? Ou o que vemos?
Um todo? Ou o seu retalho?

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sexta-feira, abril 17, 2009 - 21:56

Poesia :

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jopeman

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Comentários

imagem de KeilaPatricia

Re: Re(talho)

original...

amai...

bjoca :-)

imagem de Anonymous

Re: Re(talho)

Excelente escrito. Uma pergunta deveras simples mas complicada de responder! Abraços

imagem de Henrique

Re: Re(talho)

Com o peso da ventura resguardada na condição humana, talvez cada um encontre aqui a sua resposta.

Afinal, tudo não passa de retalhos que vão completando fatia a fatia o bolo da vida!!!

:-)

imagem de Anonymous

Re: Re(talho) P/jopeman

O todo são um conjunto de retalhos, mais ou menos retalhados...

Curioso e interessante o re(talho) das tuas palavras...

Abraço

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