CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Sem título(7)
Transporto comigo o choro inicial,
lágrimas primeiras, e logo anunciando a partida,
como se fosse o excedente
nascido em hora imprópria, em inadequado lugar.
Nascido ser para não ser exequível vivente.
Apenas um supra-numerário!
Que me importa saber da qualidade do choro?
se são de alegria ou de tristeza estas lágrimas?
se são reais ou apenas ficções do meu sofrer?
Sinto apenas o infinito sal, o sal de todos mares
sinto-o a rebolar no meu rosto
por dentro do meu rosto, sangue e plasma do meu corpo.
No lugar do ser deram-me oceanos para alimentar,
no lugar de viver foi lugar de chorar as minhas penas,
e cuidei que era mar, julguei em mim todo o pranto do mundo,
e se entre iguais lugar me não coube, fiz-me mar,
alimento de todas as dores, a culpa de todas as derrotas.
Não!
Não vou chorar sobre o meu pranto, bastante é ele,
imenso e completo em si próprio,
causa e efeito da minha existência.
Redundante foi meu nascimento
porque eu não nasci para nascer, estava tudo completo quando cheguei,
não nasci para nascer, e se mundo já era um equilíbrio perfeito
porquê então meu nascer?
Não nasci para nascer , apenas ser um breve instante de pranto
-pranto por mim e o pranto de quem nunca chorou-
Ser afinal todo o sal do mundo
até ser todas as lágrimas jamais vertidas
de tristeza ou de alegria, talvez até de indiferença,
que eu não sei o que é chorar de indiferença
ou de indiferença choro eu por mim!
Dionísio Dinis
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 742 leituras
Add comment
other contents of Dionísio Dinis
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Sem título(71) | 0 | 842 | 03/05/2011 - 09:32 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(70) | 0 | 711 | 03/05/2011 - 09:28 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(67) | 1 | 641 | 03/04/2011 - 23:45 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(69) | 1 | 602 | 03/04/2011 - 23:25 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(68) | 0 | 719 | 03/04/2011 - 06:16 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(66) | 0 | 303 | 03/04/2011 - 06:13 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(56) | 2 | 753 | 03/03/2011 - 23:50 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(59) | 1 | 620 | 03/03/2011 - 22:34 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(62) | 1 | 1.319 | 03/03/2011 - 22:16 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(65) | 1 | 827 | 03/03/2011 - 22:08 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(64) | 1 | 1.294 | 03/03/2011 - 21:58 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(63) | 1 | 798 | 03/03/2011 - 21:54 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(61) | 0 | 849 | 03/03/2011 - 21:07 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(54) | 2 | 842 | 03/03/2011 - 20:17 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(60) | 0 | 677 | 03/03/2011 - 19:19 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(58) | 0 | 920 | 03/03/2011 - 19:00 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(57) | 0 | 704 | 03/03/2011 - 18:57 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(55) | 1 | 678 | 03/03/2011 - 10:31 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(52) | 1 | 768 | 03/03/2011 - 09:43 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(48) | 1 | 733 | 03/03/2011 - 00:00 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(53) | 0 | 652 | 03/02/2011 - 23:58 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(51) | 0 | 926 | 03/02/2011 - 23:49 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(49) | 1 | 627 | 03/02/2011 - 22:32 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(50) | 1 | 657 | 03/02/2011 - 22:18 | Português | |
Poesia/Geral | Sem título(47) | 0 | 909 | 03/02/2011 - 20:48 | Português |
Comentários
Sem título(7)
Mais um belíssimo poema seu, meus parabéns,
MarneDulinski