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Ser eu
Ser eu, ou talvez menos eu
Ou ainda pior, ser eu mesmo!
Aquele que nunca morreu
Aos outros, mas sim por dentro.
Ser herege sem religião!
Amar sem ter paixão!
Vazio do que sou….isto!
E pior ainda, consciente disto!
Saber que sou o que não sei,
Dizer o que não falo,
Sentir o que não sinto
Perdido no que sonho
Viver na penumbra de mim
E de me deixar ficar assim
O fim é perto do que digo…
Sou louco e mendigo
Aos olhos de quem não me vê.
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quarta-feira, agosto 20, 2008 - 22:44
Poesia :
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archangel
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Comentários
Re: Ser eu
Um poema com arte, razão e sentimento!!!
:-)
Re: Ser eu
Penso que o poema é sobretudo a afirmação de uma alma que grita a dor, mas que apesar de tudo sobrevive, mesmo no esgotamento da incerteza.
Quem sou eu? Cada um de nós prepararia um discurso bonito e diria simplesmente o que andou a fazer... mas independentemente do que fazemos, seja empregado de limpezas seja médico ou engenheiro, quem somos realmente?
Quem é o ser humano que permanece dentro de cada um, mesmo que seja um mendigo? Essa é a questão!
Quem é simplesmente louco ou mendigo aos olhos de quem vê, é porque esse alguém não vê a essência do ser humano e apenas a sua aparência!
O mais ignorante acaba por ser o que julga assim o mendigo e não o próprio mendigo!
Abraço
Ana Oliveira
Re: Ser eu
Emoção crescente do princípio ao fim. A última estrofe então está sublime.:-)
Parabéns!
Abraço