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Serpentes

- Serpentes -

O nosso eu são serpentes
no canto de uma sala
alimentamos elas com coisas imaginárias

Auto-agarramento, ódio, inveja
são os alimentos dessas serpentes
se elas não existem
não podemos alimentá-las

Somos traídos pela nossa mente
nos traímos a todo instante
viajamos dentro do ego
perdemos o rumo dessa estrada distante

Serpentes imaginárias venenosas
cospem suas peçonhas
arrastam-se pelos dias e noites

Labaredas de fogos esfuziantes
iluminam os destinos furtivos
fazem de nossas salas 
um ninho de serpentes

Um eu inseparável, inexistente
caminha dentro de nossas mentes
levando o auto-apreço junto com a gente

Visões errôneas, pensamentos entorpecidos
memórias de crianças, tempos perdidos

Sem nosso eu somos ninguém
passageiros sem trem
vagões desgovernados, serpentes sem venenos
na meditativa vacuidade

Céu cheio de estrelas, estradas para eternidade
indo no vai e vem
buscando e trazendo a felicidade

Eu, tu, ele, nós, vós e eles
ninguém existe mais
deixaremos de alimentar as serpentes
aportaremos em novos cais.

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segunda-feira, dezembro 28, 2020 - 16:13

Poesia :

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fabio ferreira do amaral

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