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SONETO DO FIM DOS TEMPOS
Às vezes eu penso que nada vale à pena
Ao ver os fatos que acontecem todo o instante
É sempre o mal repetindo a mesma cena
E o bem apenas no papel de coadjuvante
Religiosos pregando livros na terra
Porém tornando a palavra coisa fugaz
Com quem discorda do que dizem, fazem guerra
E o falso bem na verdade é contra a paz
A sensatez vive hoje a pedir socorro
No mundo a vida de quem pensa é uma tortura
Sem ter com quem falar meu mundo é dos calados
Ao ver crianças nos campos de refugiados
Na África a fome que mata e desfigura
Só me resta desabafar com meu cachorro.
Sérgio Teixeira
Bagé/RS.
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