CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Ainda choram as noites!
Caminho, em passo fúnebre, sob o perpétuo
Halogéneo dos candeeiros, de imberbes olhares
Pedalando na utopia da lua e a vetustez da alma
Repousada nos murmúrios que a brisa bafeja.
Encolho-me, não que a solidão das horas
Tardias me houvesse trazido o frio,
Apenas o desconsolo de não sentir o teu
Arrepio a embrenhar-se nas costuras
Do meu abraço.
Desconheço se o meu reflexo, nas águas
Que desmaiam pelo vazio das ruelas,
É apenas o retrato da tua ausência
Ou o anunciar da morte de todas as noites.
Sinto a pulsação acelerar, aquela
Que bombeia as pernas pela calçada,
Quando o véu já índigo do firmamento
Mal disfarça as faces pobres e vadias.
Arfo e suo para que esbulhe toda a cal onde
A tua sombra não é assídua, todos os sorrisos
Que esqueceste na indisposição do asfalto e onde
O mundo também expressa a falta que lhe fazes.
E assim, partilhando a dor da tua inexistência,
Talvez o destemor e a robustez me velem
Pela luminescência das horas, e dêem vida
A um gesto ou a um olhar que me deixe
Viúvo das palavras que nunca ouvirás.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 583 leituras
Add comment
other contents of jopeman
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | Violentas Alegrias | 5 | 2.169 | 10/20/2011 - 20:16 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros | 4 | 2.012 | 10/20/2011 - 20:13 | Português | |
Poesia/Amor | sei que o amor é coisa de homens | 1 | 1.879 | 10/20/2011 - 20:10 | Português | |
![]() |
Fotos/ - | 1129 | 0 | 3.363 | 11/23/2010 - 23:37 | Português |
![]() |
Fotos/ - | 1127 | 0 | 4.339 | 11/23/2010 - 23:34 | Português |
Poesia/Pensamentos | Sou Vadio | 4 | 2.180 | 08/30/2010 - 08:57 | Português | |
Poesia/Geral | Destino Manifesto | 2 | 2.475 | 08/22/2010 - 21:17 | Português | |
Poesia/Aforismo | Quietude (Desafio Poético) | 3 | 2.125 | 08/02/2010 - 01:08 | Português | |
Poesia/Dedicado | Jopeman - O caminho (ao WAF) | 2 | 2.103 | 07/06/2010 - 07:10 | Português | |
Poesia/Amor | A (quase) eterna leveza dos malmequeres | 1 | 2.612 | 06/24/2010 - 04:05 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A terra é só terra e eu penso nisso vezes demais | 5 | 2.328 | 06/19/2010 - 21:35 | Português | |
Poesia/Meditação | Portas | 7 | 2.157 | 06/12/2010 - 09:54 | Português | |
Poesia/Meditação | Que morram todos os sinais | 1 | 2.233 | 06/12/2010 - 09:48 | Português | |
Poesia/Meditação | Viagem | 2 | 2.562 | 06/12/2010 - 09:41 | Português | |
Prosas/Contos | Intuições | 5 | 2.073 | 05/17/2010 - 21:01 | Português | |
Poesia/Geral | Só tu sabes! | 6 | 2.096 | 05/17/2010 - 21:00 | Português | |
Poesia/Alegria | Corro | 8 | 2.360 | 05/10/2010 - 14:06 | Português | |
Poesia/Meditação | As pedras não voam | 11 | 2.453 | 05/02/2010 - 02:15 | Português | |
Poesia/Geral | Distâncias | 9 | 2.027 | 04/07/2010 - 19:29 | Português | |
Poesia/Geral | Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma porta aberta | 7 | 1.765 | 03/26/2010 - 08:42 | Português | |
Poesia/Amor | Amor de sol e lua (duo com Analyra) | 6 | 2.658 | 03/23/2010 - 15:00 | Português | |
Poesia/Geral | Continuo sentado à varanda | 7 | 3.608 | 03/17/2010 - 20:17 | Português | |
Poesia/Desilusão | O filho do vento | 13 | 2.393 | 03/15/2010 - 14:56 | Português | |
Poesia/Meditação | O refúgio de D. Dinis | 1 | 2.713 | 03/05/2010 - 12:08 | Português | |
Poesia/Amor | A dança dos amantes | 1 | 2.564 | 03/05/2010 - 02:05 | Português |
Comentários
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Meu caro João,
Vejo muita intensidade neste seu poema. É com a mesma intensidade que o admirei. Parabéns!
"Desconheço se o meu reflexo, nas águas
Que desmaiam pelo vazio das ruelas,
É apenas o retrato da tua ausência
Ou o anunciar da morte de todas as noites" Lindo isso!
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Encolho-me, não que a solidão das horas
Tardias me houvesse trazido o frio,
Apenas o desconsolo de não sentir o teu
Arrepio a embrenhar-se nas costuras
Do meu abraço.
Qualquer estrofe do teu poemas tem um sentimento muito profundo, tal como tens revelado na tua poesia, que será sempre um prazer ler.
Mais um dos que tocam as almas mais sensíveis, não fossemos nós o centro dessa sendibilidade
Um beijinho João
Gostei muito
Matilde D'Ônix
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Olá João :-)
Não comento!!!
Brindo! :pint: :pint:
Paz,e luz!....
Beijo carinhoso!
Tua amiga!....
mm
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Nem comento!!!
Este é um rasgo poético que me leva até aos confins das emoções!!!
Parabéns Jop!!!
Este é o máximo da loucura que nos assina poetas!!!
:-)
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Seu poema sempre oculta um sentido muito próprio e verdadeiro.
O persongem poeta são como muitos, vagueando sem se encontrar. Tenho muito disso.
Apreciei bastante, como sempre.
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
Ès enorme...grande poema, grande poeta!
Abraço!
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
As noites em empatia dorida com a mágoa e a inquietação do poeta perdido de amor...
Adorei João, sempre de uma sensibilidade digna de registo!
Beijinho tão grande em ti!
Inês
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Encolho-me, não que a solidão das horas
Tardias me houvesse trazido o frio,
Apenas o desconsolo de não sentir o teu
Arrepio a embrenhar-se nas costuras
Do meu abraço.
Meus parabéns, por todo Poema, mas destaco esta linda estrofe!
Marne
Re: Viúvo das palavras que nunca ouvirás
João,
Mais um bom poema teu.
Um conteúdo muito rico e forte, como é normal na tua boa poesia.
Abraço