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VOZES LASSAS NO ÂNUS DO DESTINO
Árdua tristeza
me volteia lustros enxutos
por ventos de onde entoam vultos as suas cearas mortas.
Paisagens faladas,
santuários de vozes lassas no ânus do destino.
Lágrimas de outrora congelam em vão o tempo.
Febres bordadas no pano da noite.
Nódoas de amor desfigurado
esbofeteiam recreios possessos de missivas sem destinatário.
Rostos afadigados
por entrelinhas intactas,
leituras cardeais mentem caminhos fáceis.
Distâncias são soalhos de lã,
sintomas de grito domam a sintonia dos olhos com o amanhã.
Porosidades silenciosas, lugar de afago áspero.
Paredes camufladas
de mãos tombadas sobre atmosferas fúnebres.
Saudades são rochedos de risos,
adeus encerado de dilúvios que afogam a alma.
Memórias são malhadouros de orvalhos garridos
com nós que nos atam a moinhos de águas passadas.
Peugadas em areias movediças ante céu gris.
Choros são avenidas abastadas de ecos desabitados.
Tintas hordas descosem a cor do espelho
onde nos escutamos larvas de maças esbeltas.
Pecados de escada curta, pedaços de rua preta.
Cítrico aço masculino,
fragrâncias de luar feminino fundem os faróis às marés.
Veredas de nevoeiro,
iluminações a tempo inteiro
sujam poesias por onde as musas se pavoneiam pó.
Chegar a nenhures
na boca de um sino sem badalo,
viver no dorso de um cavalo sem pernas.
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Comentários
Henrique
Toda a vez que te leio é um deslumbramento.
Beijo
Nanda