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De Andarillus
Sob a mão a frieza da pedra granítica empilhada nos blocos desencontrados para lhe dar solidez e perpetuar a essência da casa, afastar os inimigos e proteger os seus.
Da guarda mandou afastar, ao alto a cheia, nesta noite de lua só para ele nada teme, já não há princesa e os dragões dormem fundo na memória de outras batalhas cortadas no silvo esguichado da espada vermelha pintada de reflexos de infiéis. Sente-a: no punho de tão desembainhado apoderou-se das linhas da sua mão. Veste-o: na simetria da perna que se ajeitou ao andar tocado na lâmina. Vive nela: no despacho de horas mortas em que a montada lhe sela vontades no coutadio de verdes escurecidos e na hesitação da partida fácil para junto da sua princesa.
Nesta noite as ameias não vigiam besteiros nem cortam cordas que se amarinham para a escalada do encontro corpo a corpo. Servem para que a lua entre a rasgos largos até encontrarem o torreão altivo e a peleja faz-se por dentro, mordida a saudades e a escaramuças que maltratam o peito como o fogo a lamber clareiras.
De nobre se mantém no silêncio da dor e na dureza do olhar franco, na bandeira que lhe cruza a alma e o adoça no joelho por terra ao descobrir no orvalho da manhã o primeiro dente-de-leão que há-de levar em honra da sua amada.
Mas esta noite só a lua guarda o seu senhor e este nada teme.
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Comentários
Re: De Andarillus
Um texto muito bom. A alma humana que se quer decifrar é um belo jogo de escrita.
Bjs
Re: De Andarillus
... lágrimas de alegria :-)
Fazes retratos, pintados a letra...
Magnífico: que magnífica captura/resumo da essência de alguém... que mal conheces. Que nem ele se conhece, muitas vezes...
Vénia :-) :-)
Un, non, dois besitos!