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Estranho Prazer!

Ele a jogou desacordada na cama, vestida de seda azul, cabelos soltos lisos e louros. Pode ver as curvas de seu corpo. Lembrou de seus olhos azuis, sorriu. Foi à cozinha, e colocou a preparar um chá. Em sua mente apenas o tempo que ficou a observá-la, agora não mais em vão pensou. Assim que o chá ficou pronto colocou em uma xícara e serviu, tomou tranqüilo imaginando o rosto dela, a maneira como falava, lavou o copo, limpou o fogão.
Ele morava em uma casa afastada da cidade, a estrada passava longe, e seguia caminho para São Paulo. Ele era mineiro, de coração. Distraiu-se a organizar tudo, na sua maneira perfeccionista de ser. Empilhou copos, cd´s e tudo foi ficando como ele gostava. Lembrou-se dela no quarto, foi até lá, ela já estava acordada, encolhida sobre a cama, perdida. Ele sorriu. Ela ficou imóvel, os olhos passeavam pelo quarto.
- Boa noite querida. Ela não respondeu. – Querida, pode ficar a vontade para descansar, não lhe incomodarei, mais tarde volto.
Ele cochilou, sobre o grande sofá preto. Antes de entrar no quarto tomou um banho, escovou os dentes, se barbeou. Deixou tudo arrumado. Caminhou lentamente. Lá estava ela, ainda acordada na mesma posição. Ele beijou sua testa.
- Vai ficar bem querida. Ele segurou a mão dela, ela apertava com força contra ele.
Ele foi à cozinha, buscou uma faca, e uma corda. Voltou. Sentou sobre a cama, ligando os braços a cabeceira e amarrou as pernas dela. Ela continuou a passar os olhos sobre o quarto, remexia. O remédio parecia perder o efeito. Ele retirou a roupa dela, devagar, suavemente, sentiu seu corpo estremecer. Retirou a fita que tapava a boca. Beijou-a, ela cuspiu-lhe o rosto. Ele foi penetrando nela pouco a pouco. Enquanto ele gemia de prazer ao ver o seu rosto de pavor. Ele pegou a faca. Subiu lentamente, por sua barriga, como se amolasse. Viu que os pelos do corpo dela estavam ouriçados. O prazer dele aumentou. Ela agora balançava o corpo e gritava. Insistia para que ele a abandona-se. Ele beijou seu pescoço, com ternura. Prometeu amor em sussurros no ouvido direito. Uma lágrima caiu dos olhos dela, ele retirou com a ponta da faca. Ela ficou imóvel, ele ainda se mexia dentro dela. Até que o êxtase chegou. Ele se levantou nu. Coração acelerado. Deitou no canto da cama e adormeceu, com a cabeça sobre sua barriga. Duas horas depois acordou, ela estava fria, olhos atentos.
- Porque não apagou a luz Helena? Nem pegou um cobertor. Não tem jeito tudo que faço para você querida, não me agradece. Ele voltou a ela, devagar. Beijou-lhe os lábios com ardor.  Navegou sobre seus seios. Sentindo o cheiro que exalava de seu corpo. Ela era branca, alva. Lembrou-lhe os anos que esteve no Canadá, toda aquela neve. Os olhos dela eram azuis, da cor do mar, lindos e inspiradores. Passou a mão por cada curva que ela tinha, ela era a perfeição de seus sonhos. Era a garota que procurava. Ele sabia tudo sobre ela. Sabia que tinha dezessete anos, que estava no terceiro ano do ensino médio, sabia que ela adorava falar ao PC com os amigos, o sorvete preferido dela era morango, sabia que era a melhor aluna da escola, que os amigos a adoravam pela educação e pelo apoio que dava a eles. Estava sempre rodeada de pessoas, sabia que até a ele ela ajudou um dia, pedindo ao pai que lhe desse uma carona porque chovia. Sim ela era a menina perfeita e assim nua, era a mais bela mulher.
Percorreu as mãos sobre o corpo dela. Beijou-lhe da cabeça aos pés. Sentiu certo constrangimento ao ver o sangue sobre a cama. Sim ele havia tirado sua virgindade. Estava feliz, pura ela era. Agora ele a possuía. Entrou novamente em seu corpo. E se entregou ao domínio do prazer. Helena estava estranha, tremia, chorava. Ele pediu que ela parasse. Implorou para que ela se calasse. Porém Helena não obedecia. Ela possuía uma fúria incomparável.
Ele começou a lembrar das outras garotas que estiveram ali com ele. Nenhuma era como Helena, nenhuma era tão linda e furiosa como ela. Ele chorou.
- Não queria Helena, juro que não queria. Levantou-se com o corpo ainda estagnado do sexo. Foi até a um quarto, trouxe uma maleta. – Será que não pode calar menininha. Não lhe fiz mal algum, este é o problema dos jovens, não sabem agradecer o bem que lhe fazem. Lembra-se lhe tirei daquele brutamonte do colégio que queria beijar-lhe a força. Disto se lembra?
Ela parecia não entender, continuava da mesma forma. Ele saiu, deixou há por cinco dias. A pão e a água. Era o castigo que merecia. E todos os dias ele a possuía. Ela era dele. Ele era o premio que ela recebera.
No quinto dia quando entrou no quarto, ela estava pálida, boca seca, já não falava. Não mexia. Suas pernas e virilhas roxas. Já não era bela, era descabelado, o cheiro já não era o mesmo. Não se movimentava enquanto faziam sexo. Sua respiração era silenciosa, fraca. Parecia não ter vida.
- Não tem se cuidado Helena. Não é mais bonita Helena. Sabe que não gosto de ti assim? Não te quero mais Helena. Tem uma solução para mim?
A garota continuava imóvel, o olhar estava ao teto. Ele pegou da caixa um bisturi, foi desfazendo ela pouco a pouco. Sobre um plástico no chão. E abriu o congelador, colocando Helena ainda viva. Ela se deitou com outras.
No fundo de seu coração Helena estava feliz, já não sofreria mais, se viu partir enquanto observava ele fechando a porta, com os olhos lagrimejantes.

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domingo, novembro 20, 2011 - 15:57

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