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Renato!

Um senhor sentou-se em uma praça, triste, solitário. Quando de repente um menino caminhou até ele.
O Senhor ficou observando o menino que parecia lhe lembrar alguém muito conhecido, porém em vão, por mais que tentasse não conseguiu. Chamou-o pelo nome de seus netos um por um:
- Carlinhos. Fernandinho. Marcos. Eduardo. Pedro. E nada. De repente o menino correu e sumiu na rua deserta. O Senhor ficou olhando a rua esperando o menino voltar, quando sentiu algo lhe tocar o rosto, era o menino que veio pelo outro lado. O senhor olhou bem para o menino, e perguntou o seu nome, o garoto respondeu:
- Renato senhor. E foi embora correndo.
O senhor continuou ali parado, observando o céu, que permanecia azul, sem nuvens, sem movimento. Quando um jovem sentou ao seu lado. O senhor mais uma vez, reconheceu ali alguém, porém nem uma atitude tomou, não queria se confundir como da primeira vez. O jovem se aproximou, passou as mãos sobre o eu rosto, deixando cair uma lágrima, o velho o chamou pelo nome dos filhos:
- Sebastião é você? Tiago? Pedro filho?
E nada, nenhuma resposta. O jovem sentou ao seu lado do banco dizendo:
- Renato senhor, meu nome é Renato.
- Como assim? Outro Renato?
- Outro não,vejo apenas um. Terminou a frase e se foi, como o garoto.
O senhor um pouco desajeitado se levantou, já não sabia o que ocorria, apanhou a bengala sobre o banco, se escorou e saiu caminhando, avistou um homem, vindo em sua direção. E se os outros lhe pareciam conhecidos, este muito mais, existia algo nele, comum a seus olhos, observou e nada lembrou. Quando o homem repetiu a cena dos anteriores, acariciando seu rosto.
Não podendo mais com aquilo, o senhor empurrou a mão do Homem, e gritou:
- Quem é você? E que brincadeira é esta? Tão pensando que sou otário?
- Não senhor. Meu nome é Renato.
- Ora esta! Renato, Renato. Isto é pegadinha é?
- Não senhor, pegadinha nenhuma. Por que o senhor diz isto?
- É que agora pouco vieram dois, um jovem e uma criança, que fizeram o mesmo que você, e também se chamavam Renato.
- Estranho mesmo, o Senhor falado isto é que me lembrei. Ontem mesmo passei aqui e vi o senhor ai, sentado, triste, cabisbaixo, que prometi para mim mesmo, que se o senhor estivesse aqui hoje, viria falar com o senhor. Sabe o senhor lembra muito meu pai, parecidissimo.
- Não acho que pareça tanto.
- É porque o senhor não o conheceu.
- Olha lá são eles de quem te falei.
- Os Renatos?
- Sim eles mesmos, chame-os aqui.
- Vou até lá. Saiu em direção aos dois. Ficou por um tempo conversando quando começou a abraça-los e a chorar. o senhor ficou a observar, sem entender nada. LEvantou e foi até eles.
Os três pararam perplexos olhando para ele. E disseram em coro:
- Não se lembra de nós Renato?
- Renato eu, a é isto mesmo ia me esquecendo. Como sabem?
- Não percebe o senhor. Somos você. Em outras epocas e idade.
O senhor olhou-os como se o mistério tivesse sido devendado. Sim claro que era ele, agora se lembrava. Renato, criança, jovem e adulto e por fim Renato velho. Em um tom de remorso e lamento falou:
- Como pude esquecer de mim. Abraçou-os, lembrando dos tempos passados, onde ele era prioridade na sua própria vida. Fechou os olhos enquanto chorava. Quando os abriu estava só. Foi para a casa cansado, deitou e nunca mais acordou.

OBS: Não espere que o tempo passe para se lembrar dos teus sonhos, desejos e de você próprio. Todos os dias te coloque como prioridade. O amor ao ´próximo nada mais é do que o respeito pela própria vida.

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quinta-feira, março 3, 2011 - 17:08

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