POEIRA

POEIRA
A poeira atirada para os olhos molhados com o sentido de os tapar num barrento assunto desviante,  acicata o sentido a cargo dos ouvidos dos ofendidos pelos cara de pau, energúmenos… básicos.
Ouvem-se vozes de burro que não chegam ao céu, nem tão-pouco à memória que aguenta vãs baboseiras por mais do que poucos e dolorosos segundos.
Esfregam-se os olhos em que se lavam as irritantes partículas, com a humidade da fisiologia quase mecânica, e coça-se o couro cabeludo, na incredulidade surgida perante as estúpidas formas de vida que jazem diante de nós todos os dias…
Estou farto de gente que cospe terra!
Quero uma redoma de vidro à prova de som com limpa pára-brisas!
Ou digam-me coisas com sentido ou mesmo outras sem sentido se com uma intencionalidade bem-humorada, os que puderem...
Os restantes calem-se! A menos que um dia possam almejar produzir areia fina que se ouve debaixo dos pés e sobre a qual nos podemos deitar…
S.L.