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Quantum Satis
Acordei estremunhada e procurei em volta sinais de ti que não tenho, nunca tive.
Hoje reencontramos-nos e pergunto-me se terás a mesma lembrança também, é agradável e condiz com o teu sorriso que procuro constantemente nas fotografias que me vais dando.
Reconstruo memórias que (ainda) não temos e penso com vontade como gostava que se tornassem realidade os sonhos que construímos nas nossas conversas quando aconchegamos com carinho os dias em que preciso de colo e mimo.
Leio-te e imagino-te de olhos semi-cerrados tentando disfarçar o desejo que noto a palpitar no teu corpo à procura da descoberta. Devia ter-te procurado ontem, olhar-te-ia ao longe e deixaria gelar no meu peito a sensação de estares tão perto mas de ter de esperar para chegar junto a ti e sorver o teu perfume, sentir a tua voz, entender o teu encanto e a forma como ele se espalhará através da beleza que irradias em sorrisos incontroláveis.
Sempre de olhos fechados, imagino abri-los para ver surgir o teu rosto radiante sobre o meu.
Sinto o calor do corpo que se vai pousando sobre o meu, a aproximar-se.
Ergo as minhas mãos e amparo o teu corpo que me parece estremecer de antecipação.
Recuso o beijo leve que me diriges, faço-te procurar-me recorrendo a toda a tua energia.
Contenho os teus movimentos esperados e estimulo aqueles para que te sentes menos preparado
numa absorção ao contrário que é a minha forma de interpretar essa tua definição.
Introduzo as minhas mãos por baixo da tua roupa e procuro descontrair-te dos estragos das ultimas pressões de trabalho,
percorro a tua pele ao de leve com a ponta dos dedos,
paras a movimentação suave que ias fazendo e ficas sob tensão muscular deglutindo a minha movimentação.
Pareço não notar quando me ergues no ar e,
rodando sobre ti, me pousas quase suavemente ao teu lado,
para continuares a acariciar-me no silêncio que,
já havíamos previsto,
se instalaria quando os sentimentos tomassem conta da imaginação.
Sussurro-te ao ouvido coisas inesperadas que só tu me podes inspirar e aprecio o teu sorriso de prazer meio adormecido.
Esquecido da presença do meu corpo apenas pensas em ti.
Hipnotizo-te com essa mistura de silênciosos toques de dedos misturados
com o aflorar dos lábios sobre todos os centímetros da tua pele,
mesmo aqueles que tentas proteger com gestos de pudor acabados de inventar.
Uma pena, formada pela ponta da língua que te percorre
arranca os primeiros sons de prazer e os gestos inconscientes aumentam de amplitude.
Guardo o estalar de dedos com que te irei despertar desse limbo de primeira vez
que pretende substituir as tuas mais lamentáveis recordações.
Abri os olhos e continuei a sentir-te chegar calmamente
à tua velocidade que procuro entender.
Não tenho a certeza se sonhei,
cheiro ao teu beijo que não conheço mas pelo qual anseio
em ondas de imaginação que instigas delicadamente nas minhas tardes.
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Comentários
2. π . f
"Nós arfamos sobre praias devonianas, acotovelando-nos sob estrelas neolíticas. Cuspimos sangue pelos dentes pulverizados, manchando um ao outro conforme nos beijávamos. Sempre nos amamos. Como poderia ser de outra forma, quando você é tão parecido comigo, meu amor, mas com uma aparência diferente."
O quanto quiseres... Se toda penitência fosse como esta, o castigo seria o motivo de minha labuta. O universo rejubilaria minha sentença; seu decreto, outorgado. Assinado e reconhecido com fios lascivos salivares entre o touch screen do seu corpo e o toque ressonante de ferro que tine em desejos de veludo. Ironia do destino: não posso tocá-la. Por isso vibro em nível subatômico, acometido por uma necessidade celular. Lendo-te em borra de café e folhas secas de chá. Imagino o quão subliminar seja o seu perfume iridescente. Tal como pêssegos suculentos em noites de verão. É um pecado errante. Um santo excomungado que reluz ao brilho da faca. E há muito mais de você do que o próprio brilho da faca. Cetro nupcial que molesta minha sanidade e aperta a tecla sap do meu umbigo...
O quanto quiseres, sentencie-me. Pois, minha cabeça está se transformando em um limbo. E, eu estou adorando essas pequenas mortes desprovidas de batismo.
Desculpe-me se não encontrei a escala correta entre os verbetes. É que não consegui decodificar a frequência de intensidade em hertz, não qual vibra enquanto disserta sobre os sentimentos. Parabéns.
Beijos.