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ROCHEDO
Amanhã é sombra iluminada de luz nas carências que a alma exige do corpo
que trago ao colo de uma paixão encurralada, num subsolo de duvidas confirmando o meu ideal.
Paixão que há muito não segue a suprema realidade da minha indomável solidão.
Sobrevivo à seca despontada nos meus nulos vigorizados e demasiadamente repetitivos,
desolados em gotas que acumulam nuvens de dor.
Liberdade, planalto varrido por ventos de fogo na franja de uma esperança que absorve o depois.
Saudade devorada de tempo e medo, gozada esperança encontrada num amor tatuado no Sol.
Bronzeado prazer de cada ontem do meu chegar hoje a este cálice de emoções que bebo da poesia.
Colheita de nada, jardim sobre luar que não existe,
esvaziando-me de entrega a esperas que não esperam.
Afiadas garras do rancor sobre o dorso de um rochedo de ausências nas minhas vontades que reclamam poéticas.
Alarmes soam revolta no brilho dos olhos.
Tocado olhar de perfeição que a solidão não completa vociferando o murmúrio de uma alma gémea
que devaneia nas entrelinhas dos versos de paixão.
Desnudo o arbusto da solidão que pende sem eco numa crosta salgada de lágrimas no rosto.
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Comentários
Alarmes soam revolta no brilho dos olhos.
Afiadas garras do rancor sobre o dorso de um rochedo
de ausências nas minhas vontades que reclamam poéticas.
é sempre com grande emoção e grande prazer que leio seus textos poéticos.
Parabéns por mais uma obra prima.
Abraço.