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Forte de Peniche
Quando tu te vais sob o vento
Devagar, num leve vai-vem,
(Em tanta virtude vazando
Que só vendo vazio teu verde assento
Marítimo, só quando já fugiste, vou matando)
Logo me dispo todo
Com ganas de me atirar ao fundo
Da falésia onde estavas e tão bem,
Nem as gaivotas grasnaram, fugiste.
Primeiramente num patético engodo
Para parecer que te perseguiria volta mundo
Pus perseverança à tona, em riste.
Depois para me matar
De verdade, ver-te em vão é insustentável
Despeço-me, o fim é inevitável,
Olho e já lá não há mar.
E então eu fico por saltar
Em mim tudo se acobarda.
Volto por inviçosas e cinzentas vias
Para a vila onde a desgraça não tarda.
A verdura é morta, só há gavinhas
De tristeza vacilando sem vacilar.
Mas olho para trás, e tu previas,
Lá longe haviam as velas de uma caravela
E voltavas como as andorinhas
Saudosas e cheias de vontade
De construir mais o que lhes dá a saudade.
Voltava para te ver, volátil e bela
Num ondular que a graça perfaz
Como, e chegando, já lá não estás.
E eu de novo a querer pular
E a voltar pela morta mata.
Mas isto repetiu sem fim a rodar
E passei toda a vida em viagem
Entre o promontório e a vida abstracta.
Pois é, culpa toda minha que te chamavas maré
Sou um vassalo da tua ida.
Pois é,
Só num dia de enxurrada
A chuva de mim já comiserada
Me confiou que te chamavas maré.
Nesse dia não voltei de vez
E tu, incrédula, magoada
Inundaste a terra e eu sem pé
Não podia responder quando perguntavas
Envolvida em shssshshhs os porquês.
Não te lembraste que só tu flutuavas.
A sorte é que não mudas jamais.
Só um segundo volvido
E voltavas com os vendavais
Chorando, sem voz nem vestido.
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