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GRILHÕES DO MEDO

Senhores, Senhoras, senhoritas...
Em vista da dificuldades
Que atualmente dificultam
A estabilidade, o aluguel dos escritórios
As garantias, fiadores, seguros
E tais e quais, bobagens mais
Eu resolvi fazer consultas nos bares
Localizados
Nas esquinas

Talvez, que nas esquinas
Possa dizer a todos
Mostrar a quem procura
O vão das horas
Da luta, da espera
Da dor e da mentira

Por que não há senhores
Garantia
De nada
Absolutamente nada
Nesta vida
E no entanto a rua é
Sempre uma opção
Lugar seguro
Que nunca há de faltar
A quem procura!

Cadeados e alarmes,
Grades, sistemas
São vãos na segurança
Não seguram o ladrão
Porque o seu medo
é o verdadeiro ladrão
das suas horas – do seu tempo

Pode excluir o mundo
Pode fazer de conta
que está seguro
Mas o seu medo
E o seu desejo de garantias
Já te fez uma coisa morta
Já não há porta de volta à vida
O que mais você pode perder,
Você que já não vive¿

Olhe, está seguro,
Mas já sem vida,
Está seguro porque já não é
Mais que um fantasma
Que desconhece
a aventura do risco
e você finge que na esquina
tem um lobo mau
que vai comer você

Oh! Que miséria
Nenhum lobo comeria
A fruta seca em que você tornou-se
E você ainda pede garantias
Credenciais, cartões de crédito
“boas pessoas tem sempre referências”
Boas pessoas não ameaçam
A sua solidez,
Mas que tragédia
Seu medo é seu algoz
E faz seu destino tão pobre
E miserável
Tão cheio de virtudes e
Tão vazio de plenitudes!

Tão solitário
Porque tudo que tem é medo
E eu não quero seu medo
Seu temor
Seu horror, seu sofrimento!
Deus não tem compaixão
por nada que tenha pena de si mesmo!
E Eu também não

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quinta-feira, dezembro 17, 2009 - 18:02

Ministério da Poesia :

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tajmahal

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