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Lisérgico Sexo Decadente

Caí no lago da eternidade
E me perdi nas profundezas da imaginação.
Nunca fiz parte da irmandade,
Por isso sou um funâmbulo equilibrado na ação.

Prenderam-me no cárcere da alucinação,
Nas grades de cristal escondidas abaixo da língua.
A névoa quente apascentava-se nas entranhas da visão
Até navegar na respiração ofegante e em míngua.

Arrancaram-me os olhos
Para eu poder enxergar o que se esconde
Por detrás dos filtros sobrolhos.
Estou em algum lugar sem saber onde.

Cortaram minhas mãos
Para eu tocar até encontrar
O fantasma dragão
Escondido no fogo do sol
Do ato do queimar.

Minha língua caiu com o corte
Fatal e latejante da navalha,
Assim falo o que ninguém conseguiu falar.
Estou vivo no preâmbulo da morte.

Bem vindo meu sol,
Ao corredor das tragédias,
Ao fulgor da fogueira in my soul
Nas cores vivas das orquídeas!

Bem vinda minha lua,
Ao meticuloso brilho da meia-noite!
Choro por deixar de te ver nua
E cesso as lágrimas no estrondo do açoite.

Neste momento:

O coiote dança,
Dança, dança...

O coiote sonha,
Sonha, sonha...

O coiote sofre,
Sofre, sofre...

O coiote morre,
Morre, morre...

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 21:56

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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