CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O viço dos seios
Tentamos atravessar longas escadarias
Que separam nossos corações ditirâmbicos.
Maldita súplica pelo néctar da vida
Na nódoa derramada pelo dom profanado
Pelos nossos impetuosos laços de desejos.
Dormíamos nas nuvens esbranquiçadas
Dentro do céu de nossa cama
E olhávamos para fora do que “era”,
Mas o que “é” tornou-se um suspiro de tristeza.
Os passos seguiram caminhos contrários
Na estrada mal emplacada de nossas vidas,
Como o dia movido por um céu límpido e claro
Que de repente bombardeia raios numa fúria veloz.
Assim foi o nosso céu:
Irrequieto e repleto de insetos no teto da desventura,
Desequilibrado e envenenado por dardos de gritos amordaçados,
Temperamental acidental brutal.
O amor foi o laço que enforcou minha novilha desgarrada,
O meu coração foi o cavalo que a puxou até cair enforcada
Apartando-a do meu curral para algum lugar infernal.
Somos culpados sem saber de quem é a culpa.
Seu corpo ainda mora no meu
E o meu corpo ainda veste o seu.
Seus cabelos estão amarrados em meus dedos
E os meus dedos estão atolados em seus seios.
Você vê o que meus olhos vêem,
Meus olhos não vêem porque só vislumbram o que você vê.
Sua fragrância é o perfume de tudo que cheiro
No olfato de minhas narinas viciadas em você.
Você é a droga que me vicia
E eu sou o vício que você necessita.
Antes de soltarmos nossas mãos,
Tocamos um no outro,
Só que a “contrariedade” sempre encontra o que não é “contrário”.
A luz foi morta pelo escuro na guerra do amor e do ódio.
Choveu no nosso dia de tristeza
E perdi o significado de tudo,
Porque não sei mais o que é você.
Crucificamos nossas alegrias
Na intempérie de nossos atos.
Nevou na nossa fria espinha
Até nossas salivas serem congeladas.
Não sei mais o que é doce,
Não sei mais o que é felicidade,
Nem sei se ainda estou aqui.
Você foi para onde eu não existo.
Só lembro de sua sombra que veio
Como a noite cruel.
Depois disto passei a lutar
Para matar a noite
Até encontrá-la em algum lugar solitário.
Os anos foram se arrastando
Até me esquecer que estava aqui,
Fiquei cego, desaprendi o que aprendi.
Por fim, continuei no ar
Para prantear a memória de sua face separada
Pela parede do infortúnio.
Amanhã serei feliz,
Pois a morte traz a esperança de ter-te novamente,
Nascerei, abrirei meus olhos
Até você brilhar em minha frente.
Não é o tempo que aumenta a dor
E sim a dor que transforma o tempo em eternidade.
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3133 leituras
other contents of FranciscoEspurio
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Meditação | Forte fraqueza | 0 | 671 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | O outro | 0 | 1.009 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ilusão | 0 | 502 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Volátil | 0 | 761 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Paixão | Volúpia | 0 | 894 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | A crença | 0 | 1.027 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Flerte com o suicídio | 0 | 627 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Niki tis Samothrakis | 0 | 589 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Devasso | 0 | 764 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Recôndito | 0 | 774 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O cintilar das estrelas | 0 | 797 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Efêmero | 0 | 512 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Última visão | 0 | 740 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A velha arte | 0 | 958 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Uno | 0 | 1.017 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Brisa do lago | 0 | 770 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lamúrias de um soldado | 0 | 729 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Bebê de Ferro | 0 | 923 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Kursk | 0 | 928 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O fim da estrada | 0 | 773 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Intrépido Alvaresiano | 0 | 827 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Ana | 0 | 776 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Censura | 0 | 786 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Breve canoa | 0 | 707 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Croqui | 0 | 1.002 | 11/19/2010 - 18:09 | Português |
Add comment