CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
UMA NOITE NA CIDADE
UMA NOITE NA CIDADE
Nos braços da noite
A cidade aquietou-se
E transformou-se aos poucos
Num reino de sombras, escuridão e silêncio.
Sentado
À porta de casa
Olhei a minha cidade,
Silenciosa,
Parada,
Adormecida.
Uma a uma
Foram-se apagando as janelas das casas,
( E dos quartos) .
O luar, intenso e brilhante,
Banhou a cidade
Vestindo-a de prata.
Em breve pareceu-me ouvir
Espalhando-se no ar,
Ternuras sussurradas
Seguidas dos sons do prazer.
A noite cálida
Tornou-se escaldante.
Em cada cama
Da minha cidade
Estava a ser escrito um novo poema,
Um poema de prazer e amor.
Por fim a cidade calou-se.
E fez-se ouvir o silêncio total.
Calaram-se as vozes
E noite ficou de novo,
Morna e calma.
Olhei a tua janela,
Escancarada,
Por onde entravam
Os raios prateados
De um luar fascinante
Imginei-te nua,
Adormecida,
Envolta pela luz
Mansa e suave
Desse bonito
Luar de prata
Como só Agosto nos sabe oferecer.
Então desejei ser a sêda
Dos lençóis a que confiaste a tua nudez.
Desejei ser a luz do luar
Que entava no quarto pela janela
E banhava o teu corpo nu!
Ah! Como eu desejei
Naquele momento
Estar ali, nessa cama,
Deitado, contigo
Bem a teu lado!
Como eu desejei!
A lua então,
Na sua bonomia,
Sorriu para mim,
Piscou-me o olho
Como que a dizer:
Vem aqui ter comigo.
E eu fui.
Quando cheguei
A lua indicou-me
Um fio de prata.
- Agarra-te a ele, e desliza.
Disse com ar prazenteiro.
Deslizei pelo fio prateado
E entrei no teu quarto,
Quente,
E iluminado
Pela luz do luar.
Como imaginei estavas nua
Deitada na cama.
Maravilhosa,
Apetecível,
E mergulhada
Num sono profundo.
Um quadro de sonho.
Senti-me invadir
Por um desejo intenso
De te beijar.
Senti o impulso
De cobrir com o meu corpo
A tua nudez.
Quis passar a mão,
Ao acaso,
Pela tua pele sedosa,
Quis…
Quis tantas coisas
Naquele momento.
Hesitei.
Não fui capaz de interromper
A quietude e a paz
Do sono de um anjo.
Limitei-me a ficar a teu lado
A contemplar, fascinado,
Um corpo de sonho
De uma linda mulher.
Fiquei a guardar
O teu sono
E a sonhar contigo.
Senti-me feliz,
Porque, finalmente,
Eu estava perante
O verdadeiro poema.
Na cidade ,
Os primeiros alvores da aurora
Alaranjavam o céu
E acordavam as gentes.
A lua chamou-me.
O fio prateado iria embora.
E eu fui com ele.
Ensonado,
Sentado no banco,
Vi a cidade acordar.
Então, cansado,
Mas com a alma em festa,
Deite-me na cama, contigo na mente.
Estava contente
Porque tinha estado
Perante o poema.
O mais belo poema
Que algum dia me foi oferecido.
Adormeci
E sonhei contigo
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1371 leituras
other contents of GuiDuarte
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | 2336 | 0 | 1.358 | 11/23/2010 - 23:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Meditação | BALANÇO DE UMA VIDA | 0 | 1.493 | 11/19/2010 - 18:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | AO LONGO DE NÓS | 0 | 1.647 | 11/19/2010 - 18:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | OS BANCOS VAZIOS | 0 | 1.435 | 11/19/2010 - 18:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | UMA NOITE NA CIDADE | 0 | 1.371 | 11/19/2010 - 18:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | NAS ASAS DO SONHO | 0 | 1.453 | 11/19/2010 - 18:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | A OBRA-PRIMA | 0 | 1.439 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | ESTOU TRISTE | 0 | 1.318 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | O BANCO, A MUSA, O BALOIÇO E A NUVEM. | 0 | 1.820 | 11/19/2010 - 18:09 | Português | |
Ministério da Poesia/Paixão | SENTI-TE | 0 | 1.406 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Fantasia | UM SONHO, UM MANTO, UM FIO DE PRATA E UM COLAR DE MISSANGAS | 0 | 1.461 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | ÉDOMINGO | 0 | 1.433 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | A CIDADE, O POEMA E AS NUVENS BRANCAS | 0 | 1.373 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | A MULHER E A FLOR | 0 | 1.322 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | DEUSA NUA | 0 | 2.055 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | LÁGRIMAS | 0 | 1.603 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | A AUSÊNCIA OU A DISTÂNCIA | 0 | 1.569 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | DEVANEIO | 0 | 1.556 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Fantasia | A VIDA É UM SONHO | 0 | 1.231 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | CINQUENTA ANOS MAIS TARDE | 0 | 1.491 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Tristeza | QUANDO O FAROL SE APAGOU | 0 | 1.503 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | CINQUENTA ANOS MAIS TARDE | 0 | 1.493 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | OS POETAS NUNCA MORREM | 0 | 1.412 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | SER POETA | 0 | 1.168 | 11/19/2010 - 18:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | SINTRA | 0 | 1.631 | 11/19/2010 - 18:06 | Português |
Add comment