No sense
É na esquina do tempo
que calo o desequilíbrio da voz
apressada nas veredas da incerteza
rejeito a razão por não saber o que me espera.
Confesso-me às pedras que me atiram
guardo-as num vocabulário impróprio,
desfaço as diferenças em pó
Quantas vezes me ensinaram
que era com o garfo que se comia
não com a mão.
Bem que tentei
mudei de garfo vezes sem conta
e até de mão
com medo das facadas que tal disfunção
pudesse provocar.
Calei-me por tudo e por nada
menos pela simples satisfação de me calar…
Conceição Bernardino
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Tuesday, September 20, 2011 - 15:08
Poesia :
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