Estás inerte

Estás inerte
a luz da água sobre as tuas palpebras
e em volta desse corpo um foco de luz
como a gota sumarenta do fruto da carne.

Estás inerte, há passos em volta dos teus olhos
a cortina de luz caida sobre a garganta sem voz.

Estás inerte, não és tu que mexes é o vento, o vento
mexe como um cavalo
a luz rasgada cortada sobre a pele.

A luz, essa luz do teatro.

Tu estás inerte
o teu corpo na luz da água
parece como uma sombra Chineza.

A luz é um rio que bebe o teu corpo
bebe o suor
bebe o sangue do teu corpo.

A luz, a água
a caligrafia na parede
pele do teu corpo
 

Lobo

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Tuesday, November 8, 2011 - 20:04

Poesia :

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