CUMPLICE QUE ME ROUBAS A DOR…
PORQUÊ ESTA E NÃO A LACRIMOSA?...
Por vezes, custa-me se escrevo
Porque me dói, porque me sinto só…
Mas não escrevendo, por disso ter medo
De mim morre parte, sem apelo nem dó…
Da sombra, que esbatida sobrevive
Dessa parte que viva fica, sofrendo
Tento por vezes, adormecer-lhe a voz
Pura perda, desse inusitado tempo…
E num surdo lamento, sinto a dor atroz
Sincopado instante que me enlouquece
Por ficar a sós, com a coragem que não tive
De escrevendo dar voz, à dor que permanece…
Perdão… Perdoa a urgência que se diz, assim
Teimosia que morrer não deixa, parte de mim
Fazendo-te cúmplice, desta solidão que vivo…
Rzorpa
P.S: Apenas porque estiveste e quero continues... "By my side"!:)
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Monday, December 5, 2011 - 22:48
Poesia :
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Comments
Querido amigo, Ao ler esse
Querido amigo,
Ao ler esse teu poema tão tocante, lembrei-me de uma música(poesia pura) de Alceu Valença:"A solidão é fera/A solidão devora/É prima-irmã do tempo e faz os nossos relógios caminharem lento/Causando o descompasso no meu coração/Solidão..."
A beleza da tua poesia ecoa profundamente na minha alma...
Um grande abraço de luz e um feliz 2012!!
Magnífico poema Rui. "Por
Magnífico poema Rui.
"Por ficar a sós, com a coragem que não tive
De escrevendo dar voz, à dor que permanece…"
Apesar disso, quero dizer-te que prefiro que escrevas, sempre e muito.
Quero ler-te.
Um grande abraço.
escrever para derramar a
escrever para derramar a dor que não se ausenta,
solidão que me arranca as palavras
talvez, nela encontre a sombra que de ti perdi.
tivesse tido coragem em tempos...passados.
na escrita tua poesia é tua cumplice , e bem!
gosto desta música,mas olha que a lacrimosa,
é a Lacrimosa!
lol
gostei muito, mesmo!
beijo
A tristeza é um mel espesso que se sorve devagar...
Será a teimosia que nos move?
Ou será que a imortalidade do sentir é a verdade que deviamos aceitar, ainda q a nossa condição de humanos a rasgue, tantas vezes, ao meio?
Felizmente eu não acho que só se ame uma vez, a meu ver, quem não é capaz de amar mais vezes aprendeu muito pouco...Acho sim que é possivel amar varias vezes e para sempre, todas elas, dentro das metamorfoses que o amor nos permite!
Gostei muito da força deste poema, um amor que bate os pés com força para vir respirar à tona de água, não se deixando sucumbir nas ondas...
Cito as passagens que mais gostei:
"Da sombra, que esbatida sobrevive
Dessa parte que viva fica, sofrendo";
"E num surdo lamento, sinto a dor atroz
Sincopado instante que me enlouquece
Por ficar a sós, com a coragem que não tive"
Beijinho em ti,
Inês Dunas
Lindo!
Caro amigo poeta, a forma com que você tece os seus versos é perfeita. A dor é uma ótima fonte de inspiração, quando acaba antes da nossa vida. Tanta solidão, até onde vejo, é a marca do nosso século: românticos sem ninguém e oportunistas com tudo. Será que, como poetas, teremos direito à uma bela solidão à dois? Talvez a alma do romantico seja condenada a não passar deste século... é uma pena!
"A solidão é solidária para
"A solidão é solidária para quem com ela é benevolente,
A solidão dá-nos momentos de cumplicidade única,
A solidão faz-nos ainda crescer a usar de maneira racional a mente,
A solidão traz-nos uma sensação de saudade melancólica."
Tudo isto sozinha e contigo aprendi,
Mas mesmo longe, de ti, não me esqueci,
O quanto foste importante, no meu crescimento,
O quanto és especial, no meu, aqui e em todo lado, desenvolvimento.
Quero que saibas, que estarei sempre contigo,
Pois, nunca encontrei ninguém como tu, um verdadeiro amigo,
Vou estar, nem que seja e às vezes ausente, sempre aqui,
No mesmo sitio, no mesmo lugar, presente para TI.
Parabéns por mais uma das tuas e somente tuas poesias especiais e obrigado por seres quem és....comigo.
Beijo-te
Joana