Bouquet de pétalas cinzas
_Em meio ao cinza que de verde deveria banhar o mundo o azul se desbota e se esvai, mais uma vez, a arrancar mais um pétala do meu coração de rosa através do que deveria ser mais um dia, esta penumbra que se derrama sobre o mundo... Penumbra na qual tudo se resume e se encerra.
_Talvez eu devesse me permitir amalgamar às outras sombras que se arrastam lá em baixo, em meio ao seu coletivo individualista, nestes dias de sombra e frio a frágil definição de fidelidade, de companheirismo: não mais me permitir perseguir a minha própria sombra a fim de encontrar a luz que fica para trás... Que me deixou para trás.
_Vultos vindos de todos os lugares por todas as vias rumo a lugar nenhum, a nenhum lugar que eu iria, contudo que eu deveria a fim de talvez me encontrar no meu lugar: parece causar muito mais mal do que todo o bem que desejamos toda esta história, se não uma estória, de nos pormos no lugar dos outros. Todavia não é o que desejamos, todo o bem? Sombras não falam, não contam histórias nem criam estórias, mas se comunicam através da opacidade de seus olhares vazios; somente se arrastam umas contra as outras, sobre as outras e também através umas das outras, se consegues ver daqui de cima.
_As rosas não sangram quando lhe arrancam uma pétala: sempre que podem elas te sangram e te bebem e se banham nisto, se lavam do cinza que de verde deveria banhar o mundo mas não! se vai a arrancar mais um verso do meu coração de rosas... Provam para si mesmas que apesar do viverem sob o peso da penumbra continuam vivas: até que restem somente os espinhos...
_Talvez eu devesse me permitir amalgamar às outras sombras que se arrastam lá em baixo, em meio ao seu coletivo individualista, nestes dias de sombra e frio a frágil definição de fidelidade, de companheirismo: não mais me permitir perseguir a minha própria sombra a fim de encontrar a luz que fica para trás... Que me deixou para trás.
_Vultos vindos de todos os lugares por todas as vias rumo a lugar nenhum, a nenhum lugar que eu iria, contudo que eu deveria a fim de talvez me encontrar no meu lugar: parece causar muito mais mal do que todo o bem que desejamos toda esta história, se não uma estória, de nos pormos no lugar dos outros. Todavia não é o que desejamos, todo o bem? Sombras não falam, não contam histórias nem criam estórias, mas se comunicam através da opacidade de seus olhares vazios; somente se arrastam umas contra as outras, sobre as outras e também através umas das outras, se consegues ver daqui de cima.
_As rosas não sangram quando lhe arrancam uma pétala: sempre que podem elas te sangram e te bebem e se banham nisto, se lavam do cinza que de verde deveria banhar o mundo mas não! se vai a arrancar mais um verso do meu coração de rosas... Provam para si mesmas que apesar do viverem sob o peso da penumbra continuam vivas: até que restem somente os espinhos...
06 de outubro de 2012 -- 00h 31min
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Adolfo J. de Lima
Submited by
Sunday, October 7, 2012 - 20:19
Poesia :
- Login to post comments
- 738 reads
Adolfo
other contents of Adolfo
| Topic | Title | Replies | Views |
Last Post |
Language | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/Sonnet | Primeiro | 0 | 978 | 10/15/2012 - 12:17 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | A uma jujuba branca | 1 | 705 | 10/15/2012 - 12:12 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Um pensamento tem me perseguido | 4 | 1.212 | 10/08/2012 - 14:29 | Portuguese | |
| Poesia/Love | Meu teu sorriso | 2 | 898 | 10/08/2012 - 14:22 | Portuguese | |
| Poesia/Disillusion | Bouquet de pétalas cinzas | 0 | 738 | 10/07/2012 - 20:19 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Convivência | 0 | 1.232 | 10/07/2012 - 15:07 | Portuguese | |
| Poesia/General | Dístico bilíngue do meio-dia | 0 | 708 | 10/05/2012 - 18:21 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Happy-hour | 0 | 765 | 10/05/2012 - 14:37 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Principiando o fim | 0 | 830 | 10/04/2012 - 12:01 | Portuguese | |
| Poesia/Poetrix | Poetrix dos anjos | 6 | 837 | 10/01/2012 - 13:30 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Belo abismo | 0 | 1.035 | 10/01/2012 - 12:29 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Ilícito | 2 | 1.383 | 09/30/2012 - 22:53 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Terceiro cavaleiro | 4 | 2.683 | 09/30/2012 - 22:48 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | A Bailarina | 4 | 1.780 | 09/30/2012 - 22:37 | Portuguese | |
| Poesia/Erotic | Poema promíscuo | 3 | 859 | 09/29/2012 - 15:16 | Portuguese | |
| Poesia/Meditation | Versos Universais IV | 7 | 1.640 | 09/28/2012 - 14:01 | Portuguese | |
| Poesia/Thoughts | Versos Universais III | 2 | 1.051 | 09/28/2012 - 13:56 | Portuguese | |
| Poesia/Thoughts | Versos Universais II | 2 | 1.005 | 09/28/2012 - 13:45 | Portuguese | |
| Poesia/Friendship | Flores num vaso com álcool | 0 | 1.039 | 09/28/2012 - 12:16 | Portuguese | |
| Poesia/Friendship | Baunilha é bom! | 3 | 1.158 | 09/26/2012 - 13:55 | Portuguese | |
| Poesia/Passion | Goles de luxúria | 4 | 1.049 | 09/24/2012 - 12:51 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Não como eu por ti | 2 | 848 | 09/19/2012 - 13:06 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Sem querer te imaginei - Parte II | 2 | 1.167 | 09/18/2012 - 12:47 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Memória manchada | 0 | 1.268 | 09/17/2012 - 13:00 | Portuguese | |
| Poesia/Thoughts | Sermão | 1 | 949 | 09/16/2012 - 18:49 | Portuguese |
Add comment