Versos Universais VI
Quem sou eu se não sou o judeu Jesus,
Se em mim não luz a mesma luz que luz
Refratada nas mínimas gotículas
Vinda do miocárdio desta mãe estrela
Que tal qual as outras estrelas vela
Tal uma vela cada vida ridícula?
Diz-me que é poesia, que é um mantra, que é um cântico
Se não uma manifestação do quântico!
Diz-me se cada neural estrutura
Em um processo onicognitivo
Sequer é um neurônio no coletivo
Por onde flui feixes de energia escura!
Enquanto tu és mandíbula ao masseter
Presa, largado no fundo do béquer
Precipitação no mínimo imunda
Fadado a queda e ainda assim restrita,
Sou o ecoar de uma risada sinistra
Fugida da garganta mais profunda!
Desta garganta cuja Corda vibra
Cada alma constitui uma fina fibra
Em sua tétrica anonimalidade:
Consciência que em silêncio clama,
Que subinconscientemente trama a Trama
De alguma Humana Instrumentalidade...
Além dos vis destinos anatômicos,
Atada a sub-níveis sub-atômicos,
No mais profundo vale dentre os vales,
Imersa à fragilidade abissal
De suas mortalhas tal uma senoidal
A alma agoniza: a vida nada vale!
A vida não é nada! Não vale nada!
Se ela não pode ser equiparada
Em função deste infindável martírio
Que só a Criação concede: concebeu.
Quem somos nós se nós não somos Deus,
A união do todo sob o nosso arbítrio?
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Novembro de 2012 – 10h 42min
Adolfo Justino de Lima
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Comments
oi
Agradeço por suas palavras. Acho que gostamos do mesmo tema e com isso houve identificação.Tb gosto dos poemas de Augusto dos Anjos. Este seu está muito bom! To postando nesse site q acabo de descobrir e gostando do nível dos poetas. Ah, sou atéista mas uma romantica quântica. Abraços