O DUO VERÃO

Quando a noite de verão vem?
É noite no céu e na Terra.
Escuro nos dois lados
sai fictício das trevas…
A outra para lá caminha
por caminhos entrosados.

Por entre maravilhas,
parece um quadro...

Nenhum pintor conseguiu ainda borrar,
não se sabe de que lugares são
se têm lugar…

Reflectindo na noite de luar
aquele igual ponto
naquele mesmo brilho,
sombra nas águas,
espelho do mar.

Se no solo cor cinzento
alguma estação poisa na cara do verão,
há reflexos de sobreavisos
corais de calor
experimentando o gelado verão de cima…

Como montanhas russas se cruzam
entrecruzados debaixo por cima.
Não sendo dia nas nocturnas manchas clarão,
se querem mudar de verão.

É noite lá no alto parecido
com o branco mais negro,
ao mesmo tempo alvo denso,
na imaginária troca de posição.

Com asas de cometa
rasgando céus por entre candeeiros de rua,
se atraem pela luz ultravioleta.
Como abelhas em volta do mel
fazem capicua,
tochas acesas por entre a sombra amarela…

São dois verões cheios de vida
dois lugares extremos
que existem de olhares estrelados.

Qual dos dois a mania?
Povoando o espaço de sois
com mistura de olhos humanos combinados?

As cidades nos subúrbios com faróis
arredores que se transformam em corredores intemporais,
uma Terra girando no ar entre os mais...

E as estradas com extensões infindas
de estrelas no vácuo
a marear como chispas
num lago universal dentro dum saco.

http://vitormanuelneves.blogspot.com/

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Wednesday, December 12, 2012 - 01:28

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