O NOSSO MUNDO
O nosso mundo cada vez está mais conturbado e a violência vai ganhando mais força, fazendo nascer outra força ainda mais violenta, o terrorismo que vai criando tentáculos por todo o lado, exercendo a vingança e querendo impor os seus ideais loucos e assassinos, pela força do dinheiro, ameaçando a paz mundial, matando inocentes, ao abrigo da sua religião, considerando quem não os siga são classificados como infiéis.
Há muito, muito anos atrás, a religião com maior adeptos fez o mesmo que em pleno século XXI, os donos desta nova seita praticam agora; nunca se deve impor a quem quer que seja que os nossos conceitos de vida são os melhores e querer que nos sigam, porque nós é que estamos no bom caminho.
Nada pior do que impor aos outros os nossos conceitos de vida; ninguém é dono das virtudes e da razão e seja quem for, e a que título for, tem o direito de exigir aos outros que acreditem naquilo que nós julgamos que é o melhor para todos.
A nossa liberdade, não é o fim da liberdade dos outros, temos de nos respeitarmos uns aos outros e assumir inteiramente a força da nossa liberdade, responsabilizando – nos por ela.
Infelizmente nem sempre é assim e precisamente por isso que nascem as ditaduras que pelas quais somos obrigados a respeitar as regras que nos são impostas mesmo contra a nossa vontade; apesar de tudo ainda há quem considere estes regimes políticos autênticas democracias, como foram as ditaduras dos países de leste que sempre serviram de exemplo a determinados partidos que se regem pelos seus ideais e seguem as práticas cegamente, fazendo calar os outras pelas torturas e a força das armas; disto ainda existe em pleno século XXI alguns baluartes dinossauros; chama – se a estas pessoas seres humanos que subjugam os seus semelhantes, impondo a sua vontade e a sua política? Podemos comparar estes regimes escravidão das consciências aos da escravidão física e mental em que as pessoas são consideradas coisas que se podem dispor ao sabor das duras regras, agindo como donos delas a seu belo prazer, como qualquer animal a que se põe uma trela e tem que nos seguir mesmo contra sua vontade.
Onde está a consciência moral destes tiranos? Com certeza que nasceram desprovidos dela e de coração mas, sim com uma pedra no lugar dele e por isso são tão insensíveis como ela, fria e dura.
O que eu mais gostava na vida era dormir bem como qualquer ser humano meu semelhante e sentir o prazer de um bom relaxamento cerebral e uma paz completa para que, ao acordar, não me sentisse cansado e entrasse num novo dia com uma disposição fantástica para poder transmitir aos outros a minha boa disposição e não um cansaço e uns olhos tristes.
Este martírio acompanha – me desde muito pequenino, assim como uma grande ansiedade; muitas vezes este estado de saúde teve reflexos na minha profissão provocando erros que involuntariamente cometia, no serviço que me era confiado, levando os outros a pensar e a julgar – me muito mal, sem querem saber das razões dos meus erros involuntários, tendo passado, por isso, muitos desgostos e algumas lágrimas; no entanto, sempre tive forças e auto estima para superar estes percalços profissionais e outros, lutando sempre muito contra estes adversários fora e dentro do meu corpo mas, sempre com muito sofrimento. Aliás, a minha vida tem sido sempre de muito esforço e sacrifício mas, não me posso queixar, porque se tenho ficado na minha terra, Monte Gordo, não seria o que sou hoje nem tinha uma família linda que adoro, com certeza.
Se nós não vamos ter com o destino, vem o destino ter connosco; nós é que traçamos o nosso próprio destino, conforme a inteligência e a força para lutar de cada pessoa e estas não nascem completamente perfeitas, e às vezes, o que é imperfeição para uns é perfeição para outros, tudo depende da mente ou seja da consciência de cada ser humano; a moral é completamente diferente, já depende do querer cumprir ou não as regras da sociedade onde estamos inseridos.
Não posso ir mais além porque a minha formação escolar e intelectual não é grande, ou melhor dizendo, é curta; apesar de tudo, sei ver, pensar, analisar, assumindo toas as minhas responsabilidades dos meus actos.
Há muita gente, cuja formação académica é grande e moralmente são nulidades, quase obsoletas, portanto, para ser bom ou mau não se precisa dos graus académicos; ao longo da minha vida, tenho conhecido muitas pessoas, com fracas ou nenhumas habilitações literárias e que têm mais neurónios que muitos outros de elevado grau escolar; não tiveram foi as mesmas oportunidades na vida que outros e podiam ser hoje grandes homens ou mulheres, se o dinheiro existisse no seio das suas famílias; o dinheiro é quem manda e por ele até se pode morrer mais tarde mas, não se deixa de morrer.
Estêvão
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