Desire
"Quem és? - Perguntei ao desejo.
Respondeu - Lava. Depois pó. Depois nada."
Hilda Hilst
Sou objeto de cortejo
com perfume subliminar.
Um conclave em lampejos
prestes a atingir o limiar.
com perfume subliminar.
Um conclave em lampejos
prestes a atingir o limiar.
Dos perpétuos o mais volátil.
Primitivo,
versátil.
Irmão mais velho
do pecado.
Aquele que atropela
os significados.
Subjetivo,
de lábios lascivos
como um sonho vívido
que rasga as arestas da ética
com formas geométricas.
Assistente social
do ego e do medo.
Gêmeo bivitelino do desespero.
Publicitário
de marketing efêmero.
Desafio que cega o destino,
quando não correspondido
causo desatino.
Faço o deleite
sucumbir como delírio.
Pois, os prazeres...
Os prazeres
são meus ventriloquos.
Sou ritmo em desenfreio,
das sensações, o seio.
Jamais serei o mesmo!
Sem fim, começo ou meio.
Possuído e possuidor.
Sou o desejo.
- Sabe o que acontece quando o desejo acaba?
- Não. O que acontece?
- O Desejo nunca acabou. Quando o Desejo cessa, é porque realmente, desejou cessar. E quanto a você, deseja desejar?
- Não. O que acontece?
- O Desejo nunca acabou. Quando o Desejo cessa, é porque realmente, desejou cessar. E quanto a você, deseja desejar?
Bruno Sanctus.
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Sunday, October 20, 2013 - 04:02
Poesia :
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