LUA E SOL - IGREJA E JESUS

Lá está ela,
Solitária na noite...
Apesar de acompanhada pelas estrelas
É qual donzela
Dependente, triste, carente,
Pois perdera,
O Amado
Que está lá do outro lado.

Um ato de desobediência
Afastou-a do Amado.
Era pura, imaculada,
Mas manchou-se com o pecado.
Almejando auto-suficiência
Conseguiu ainda mais dependência:
Da Graça, do perdão,
E da volta à inocência.

Apesar da distância
Não perde a esperança
De um dia Lhe tocar.
Um abraço caloroso,
Um sorriso gostoso,
Um bem vindo do Amado escutar!

Não tem luz própria;
Do Amado a luz reluz.
A escuridão do pecado
E a de seu coração
O Amado atenua, reduz.
Ele é o “Rei do Dia”
E ela, apesar da separação,
É sua rainha.

Oh que grande tristeza
A lua tem em seu interior.
Apesar da luz do Amado que lhe dá beleza,
Que inspira seres humanos ao amor,
Símbolo dos amantes, tal linda flor,
Ninguém imagina que com toda certeza
Ela tenha tal frustração, tão grande dor.

A dor de não poder
Do Amado se aproximar.
Sua face ver,
Olhos nos olhos fitar.
Os carinhos receber
Daquele que é seu maior anelar.
Um longo abraço, Sua voz sem-par,
Tudo como era antes,
Juntos no Jardim caminhar.

Perdoe-me querido Amado
Por não ter conseguido
A pureza do coração conservar.
Desobedeci ao Seu mandamento,
Somente tristeza pude Lhe causar.

Acreditei no “antigo astro celeste”
Que mentindo me seduziu.
Garantiu-me que era igual a Ti,
Com mesmo calor, luz e poder,
E assim desobedeci
E fui afastada pelo saber.

Saber o que é pecado,
Conhecer o Mal,
Perceber Seu afastamento,
“A doçura virar sal”.
Receber o sofrimento
E a separação que tanto me faz mal.
  
Lua e Sol,
Eu e Você.
Sou Sua ... só...
Pois este é Seu... querer...
E assim voltarei a ser:
Sem pecado, sem maldade,
Uma nova Igreja, um novo ser!