Luso, não Lusíada

Hoje vi um cardume de peixes
Dei-lhes um pouco de pão e sorri
Mas não os tomei como meus
Nem lhes roubei o mar
E todos os aquários ficaram vazios

Todos os aquários ficaram vazios
Ainda que fales das espécies que nasceram para viver em aquários
E vejo-os no mar. Rio
Ainda que não me saibam responder

A minha língua é minha e
Ainda que não os encontre na missa
Esta é a minha riqueza
E o mar nunca será meu.

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Monday, July 27, 2009 - 21:44

Poesia :

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Conchinha

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Comments

Mpiosso-ye-kongo's picture

Re: Luso, não Lusíada

Permita-me por favor que vos chame Mestre.

Sublinho,

"Todos os aquários ficaram vazios
Ainda que fales das espécies que nasceram para viver em aquários
E vejo-os no mar. Rio
Ainda que não me saibam responder"

analyra's picture

Re: Luso, não Lusíada

"Dei-lhes um pouco de pão e sorri
Mas não os tomei como meus
Nem lhes roubei o mar"

Eles foram só inspiração...
Beijos, gostei imenso!!!!

MarneDulinski's picture

Re: Luso, não Lusíada

MESTRE CONCHINHA!

QUANDO SE ALIMENTA OS BICHINHOS, PODE SER ATÉ OS PEIXINHOS ESSE CHAMAR É FIGURATIVO, PELO CARINHO QUE A ELES SE DÁ.
O AQUÁRIO CONTINUARÁ VAZIO!

Hoje vi um cardume de peixes
Dei-lhes um pouco de pão e sorri
Mas não os tomei como meus
Nem lhes roubei o mar
E todos os aquários ficaram vazios
MarneDulinski

Zezinho's picture

Re: Luso, não Lusíada

Muito menos meu,aquarios da vida..bela meditaçao!
Para as maravilhas da vida so podemos sorrir e para sua brilhante poesia aplaudir,abrs :pint:

Tiger's picture

Re: Luso, não Lusíada

"Mas não os tomei como meus
Nem lhes roubei o mar
E todos os aquários ficaram vazios"

Cada um deve aceitar o que lhes pertence,
o que não nos pertence,apenas temos o direito de admirar...

Belo poema, beijos ;-)

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