A VOLTA POR CIMA

A VOLTA POR CIMA (CRONICA)

            Acredito que já perdi a conta das vezes em que despertei já reclamando da vida. Aqui mesmo, nesse site, publiquei textos que representavam o momento em que vivia. Sangrei linhas e mais linhas expondo minha situação. Talvez seja a sina daqueles que adoram histórias contarem para o mundo suas desventuras e conquistas. Não sei. Mas, acho que é da natureza humana reclamar.
          
           Pois bem, deixei de reclamar da vida. Em algum momento, nestes últimos dois anos, acabei descobrindo que "viver" é muito mais simples do que se imagina. E é bom! Como é bom poder acordar e sair para a rua, caminhar até o local de destino, conversar com as pessoas, ouvir a opinião alheia. Como é bom estar vivo!

            Mas isso não aconteceu de uma hora para outra. Passei muito tempo buscando a solução estampada em algum rosto, pintada em algum muro, disfarçada em algum atendimento bancário. Cansei de procurar pistas para ser feliz. Deixei de lado as crenças infundadas que "felicidade" está atrelada a posses, a status, poder.

             Conheci pessoas que acreditaram nisso. E por isso acabaram experimentando uma realidade diferente da almejada. De nada adiantou mentir, agir com indiferença, brincar com os sentimentos alheios. No final das contas - ou melhor, no início do acerto de contas, a vida acaba se encarregando desse tipo de gente e do seu comportamento.

             Não guardo comigo qualquer tipo de referência amigável a pessoas que agem dessa forma. São seres que insistem em acreditar que são o centro do universo. São calculistas e tratam seus pares e qualquer um que se aproxime, como lixo.

             Bem, quando me deparei com esse tipo de situação em minha vida, quando tive contato com este tipo de ser, fui enganado a ponto de acreditar que tudo estava acontecendo de uma forma justa e correta. Porém, com o tempo, a lógica mostrou que tudo não passava de uma armadilha. Fui tolo, um objeto nas mãos de uma pessoa vazia. O tempo passou e acabei por me deparar com a pergunta derradeira: continuo ou não? Resolvi continuar e, com muito sacrifício e fé, superei aquele que foi o meu maior obstáculo e a minha maior prova.

             Por que estou escrevendo sobre isso? Talvez por que acho necessário dizer que para toda a situação que se apresenta como insolúvel existe uma alternativa, uma possibilidade.

             Acredite: para cada situação que se apresente como "fundo do poço" sempre há a possibilidade de uma volta por cima! ;)

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Thursday, June 26, 2014 - 14:20

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Daniel Kobra

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