4.4 (crônica)
Ontem completei 44 anos! Tchã rã rã!!!... Encomendei até uma torta aonde estava escrito "Duro de matar". Bem, nunca antes havia realizado uma análise tão profunda da minha vida até aqui. Principalmente dos últimos anos, dos resultados que atingi, da minha felicidade e da infelicidade, das minhas conquistas e derrotas. Jogando com meus sentimentos encarei uma melancolia, dessas que te atingem no finalzinho da tarde de sexta-feira, tipo quando você está sem dinheiro e todo mundo está saindo para se divertir. Nada grave. Mas, importante o suficiente para que eu pensasse nisso durante a noite.
Cheguei a conclusão que sou um homem de 44 anos com um medo gigantesco de ficar sozinho! No texto anterior eu tentei tratar da saudade. Mas, o pior mal é a solidão. A simples menção me faz franzir a minha testa e aumentar, consideravelmente, a quantidade de rugas. Nenhum homem a suporta. Por mais forte que seja.
Considero que existem dois tipos: a solidão necessária e a inconveniente. A primeira é aquela que você, caro leitor e leitora, buscam ao chegar em casa depois de um dia estafante de trabalho; a segunda é fruto da nossa incapacidade de lidar com nossas limitações. Conheço muito bem as duas. E, de ambas, já extrai lições valiosas. Porém, o que mais me diz respeito hoje é o medo. Não importa o grau ou a convenção. Eu tenho medo de acabar meus dias sozinho!!!
Quando citei a frase "duro de matar" a qual mandei escrever no meu bolo de aniversário, jamais poderia pensar que, um dia depois, eu estava me referindo a outra coisa. Sim, estava me referindo a solidão. Várias canções já foram escritas sobre ela, poemas, versos, enfim.... Mas, a cada linha formada, nós e vocês nos situamos no mesmo lugar: amedrontados, acossados, presos.
Eu espero, um dia, saber lidar com esse tipo de situação. Mas, consultando a "cartilha do homem", acabo de ver que ela é o mal que nos aflige desde os tempos imemoriais. Caso contrário, aquela galera não teria se juntado e vivido em grupo numa grande caverna.
E você? É "duro de matar" ou, assim como eu, morre de medo de ficar só?
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